Flamengo faz um golaço fora de campo
Diretoria, que assumiu em janeiro, faz acordo com família de garoto morto no incêndio do Ninho do Urubu. Caso se arrastava desde 2019
O Flamengo é o time a ser batido na temporada. O elenco é estrelar, o treinador parece ter muito futuro - assumiu após a saída de Tite e já ganhou dois títulos - e não há crise. Pelo menos por enquanto, todos sabemos como é um clube de massa, o que as paixões exacerbadas podem fazer.
Mas não é apenas dentro de campo que as coisas estão funcionando. A atual diretoria, recentemente empossada, cumpriu promessa de campanha e faz um acordo com os pais de Christian Esmério, uma das vítimas do incêndio do Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019.
Era a última família que ainda não havia feito acordo e, através de seus advogados, elogiou a nova diretoria, que estaria trabalhando com mais empatia e reconhecendo que a questão não é apenas financeira.
A diretoria do Flamengo divulgou nota dizendo que "entende que não há dinheiro no mundo que possa aplacar a dor pela perda de um filho ou de um irmão, mas continuar litigando, consideradas as circunstâncias do caso concreto, poderia impor ainda maior sofrimento à família".
O caso é simples. Dez crianças, em torno de 15 anos, estavam sob a guarda do Flamengo e morreram queimadas. Discutir valores na Justiça é algo impensável, por mais que as famílias estivessem pedindo.
Não há dinheiro em caixa que valha mais do que ter o nome de uma entidade tão popular ligada à uma tragédia que poderia ter sido evitada.