Acordo

Flamengo faz um golaço fora de campo

Diretoria, que assumiu em janeiro, faz acordo com família de garoto morto no incêndio do Ninho do Urubu. Caso se arrastava desde 2019

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
Flamengo faz um golaço fora de campo
Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo. Reprodução

O Flamengo é o time a ser batido na temporada. O elenco é estrelar, o treinador parece ter muito futuro - assumiu após a saída de Tite e já ganhou dois títulos - e não há crise. Pelo menos por enquanto, todos sabemos como é um clube de massa, o que as paixões exacerbadas podem fazer.

Mas não é apenas dentro de campo que as coisas estão funcionando. A atual diretoria, recentemente empossada, cumpriu promessa de campanha e faz um acordo com os pais de Christian Esmério, uma das vítimas do incêndio do Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019.

Era a última família que ainda não havia feito acordo e, através de seus advogados, elogiou a nova diretoria, que estaria trabalhando com mais empatia e reconhecendo que a questão não é apenas financeira.

A diretoria do Flamengo divulgou nota dizendo que "entende que não há dinheiro no mundo que possa aplacar a dor pela perda de um filho ou de um irmão, mas continuar litigando, consideradas as circunstâncias do caso concreto, poderia impor ainda maior sofrimento à família".

O caso é simples. Dez crianças, em torno de 15 anos, estavam sob a guarda do Flamengo e morreram queimadas. Discutir valores na Justiça é algo impensável, por mais que as famílias estivessem pedindo. 

Não há dinheiro em caixa que valha mais do que ter o nome de uma entidade tão popular ligada à uma tragédia que poderia ter sido evitada.

 

 

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