Saúde

Hospital Guarujá promove demissões em massa e não paga salário de quem ficou

Mais de 200 funcionários da instituição foram dispensados depois do fim do contrato com empresa responsável pela unidade

Escrito em SP el
Jornalista e redator da Revista Fórum.
Hospital Guarujá promove demissões em massa e não paga salário de quem ficou
Hospital Guarujá. Divulgação/INTS

O Hospital Guarujá, localizado no distrito de Vicente de Carvalho, no litoral paulista, está em crise. Mais de 200 funcionários foram demitidos depois do término do contrato com a empresa responsável pela unidade.

Segundo uma das funcionárias, que optou por não se identificar, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), encarregado pela gestão do hospital, encerrou a parceria com a prefeitura do município.

A funcionária disse, ainda, que os trabalhadores demitidos esperaram o pagamento. Porém, ao chegar o quinto dia útil do mês, não tinham recebido nada.

“Conforme a legislação prevê, (seria) agora em março, no quinto dia útil, o que não ocorreu. E a gente começou a entrar em contato com o (departamento de) Recursos Humanos e pedir explicações. A única coisa que eles passam é que não há previsão de repasse”, destacou a funcionária, em entrevista para A Tribuna.

Somente nesta segunda-feira (10), o pagamento dos colaboradores demitidos foi feito. A funcionária, que atuava na unidade, ressaltou, também, que mais de 200 trabalhadores foram dispensados, restando apenas alguns, que estão no local há mais tempo, com quem o hospital possui uma dívida.

Nem os funcionários que ficaram no hospital receberam salário. E o hospital já acumula vários processos trabalhistas por falta de pagamento”, acrescentou.

O que diz a prefeitura

A prefeitura de Guarujá divulgou uma nota em que alega ter realizado o pagamento da parcela referente ao mês de janeiro, dentro do prazo legal.

Além disso, a administração do Hospital Guarujá pediu o descredenciamento do Sistema Único de Saúde (SUS), finalizando a parceria com a prefeitura.

“Em relação às demissões, os colaboradores em questão não são ligados à municipalidade, sendo de responsabilidade do hospital”, conclui a nota. O hospital e o INTS não se manifestaram.

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