A Justiça de São Paulo penhorou 18 imóveis do ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf. Entre eles está uma mansão de mais de mil metros quadrados, localizada na praia da Enseada, no Guarujá (SP), avaliada em R$ 2,7 milhões.
A penhora dos imóveis de Maluf foi determinada em dezembro, decorrente de um processo no qual ele foi condenado a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 417 milhões (valor que inclui juros e correção monetária).
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O processo que resultou na penhora dos 18 imóveis de Maluf se arrasta há décadas e teve início quando ele ainda era prefeito da cidade de São Paulo (1992-1996). A ação foi aberta pelo então vereador Maurício Faria (PT), que, à época, acusou Maluf de ter utilizado dinheiro público para promoção pessoal.
A justificativa da ação de Maurício Faria é que, ao assumir a prefeitura em 1993, Maluf adotou como slogan de sua gestão um trevo de quatro folhas em forma de corações, que era o mesmo símbolo de sua campanha eleitoral, com a diferença de que, na marca da gestão municipal, foi agregado um vaso ao trevo e a frase "São Paulo Crescendo".
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Durante o processo, Maluf recorreu e alegou que o símbolo era impessoal. "A nova figura não repete a da campanha eleitoral, não trazendo nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal", declarou à época.
Para Maluf, o processo era uma "perseguição política". O recurso apresentado pelo ex-prefeito foi recusado pela Justiça, e a condenação passou a ser definitiva em 2007, quando transitou em julgado. A penhora foi determinada porque o político ainda não devolveu os valores aos cofres públicos.
Com informações do UOL