Boulos: “Maluf era rouba, mas faz; Bolsonaro é rouba e não faz”

“Faltava um caso de corrupção graúda? Agora tem. Faltava rua? Tem também. E agora, Lira? O impeachment é o primeiro passo”, afirma Boulos

Foto: Montagem/Wilson Dias/Agência Brasil/Redes Sociais
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O líder do MTST e ex-candidato à Presidência Guilherme Boulos publicou artigo na Folha desta terça-feira (29) onde lembra o bordão atribuído ao ex-governador de São Paulo Paulo Maluf (PP): “rouba, mas faz”.

Boulos compara Maluf com o caso do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) que, segundo ele, será lembrado pelo “rouba e não faz”: “não tardaram em aparecer os escândalos que hoje todo o país conhece: o caso Queiroz e o cheque para a primeira-dama, a rachadinha de gabinete e os negócios escusos do filho Flavio com imóveis e loja de chocolate, o laranjal eleitoral do PSL na campanha que o elegeu, a ligação mais do que suspeita com milicianos do Rio de Janeiro, enfim, a coleção de esquemas que acumulou na vida pública e privada”.

“Até aqui não havia um caso estridente de corrupção ligado a seu governo e com sua participação ou conivência, o que ainda permitia à base bolsonarista —mesmo com o desastre de 500 mil mortos e 15 milhões de desempregados— refugiar-se na narrativa do ‘pelo menos, acabou a corrupção’. Era uma variante do bordão malufista: não faz, mas não rouba”, lembra Boulos.

Boulos lembra então que “agora, com o escândalo da Covaxin, o bolsonarismo fica sem pai nem mãe. Perde o último discurso que ainda tinha. Além de ser o pior governo da história brasileira, responsável diretamente por um genocídio, rouba. E, pior, rouba num contrato de compra de vacinas. Pior ainda, a acusação —vinda não de comunistas, mas de um deputado que apoiava seu governo— é de que Bolsonaro sabia e não fez nada. No mínimo, prevaricou para não melindrar Ricardo Barros e o apoio do centrão”.

“Faltava um caso de corrupção graúda? Agora tem. Faltava rua? Tem também. E agora, Lira? Bolsonaro precisa responder por seus crimes política e judicialmente. O impeachment é o primeiro passo”, encerra Boulos.

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