Guilherme Boulos (PSOL) foi o vencedor do debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo deste domingo (1). Enquanto Pablo Marçal (PRTB) dá sinais de ter esgotado a fórmula de lacrador e foi altamente rejeitado. É o que indica uma pesquisa qualitativa realizada por uma das campanhas durante o evento à qual a Fórum teve acesso.
O levantamento também mostra que Tabata Amaral (PSB) teve o segundo melhor desempenho na avaliação dos entrevistados. Ela foi vista como a mais emocionalmente conectada, ganhando destaque especialmente quando o debate se voltou para explicações mais racionais e detalhadas. Também foi a única que não solicitou direito de resposta, uma atitude que foi vista positivamente.
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Já José Luiz Datena (PSDB), apesar de parecer confuso durante parte do debate, ainda manteve certo apelo entre os eleitores das classes C e D. Ricardo Nunes (MDB) teve uma performance considerada mediana, não se destacando significativamente.
Marçal, conhecido por seu estilo provocativo e egocêntrico, tem enfrentado rejeição crescente, com críticas indicando que sua abordagem pode estar perdendo o impacto.
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Mais de 20 pedidos de resposta
O debate foi organizado pela TV Gazeta e pelo My News e foi o quarto deste período eleitoral, teve início às 18h e terminou às 20h30.
A mediação foi feita pela jornalista Denise Campos de Toledo. Foram cerca de 20 pedidos de direito de resposta. Candidatos usaram apelidos como "bananinha", "Chatabata", "Boules", "fujão" e "tchuchuca do PCC" para se ofenderem.
Este foi o primeiro debate na cidade desde o ocorrido em 19 de setembro, organizado pela revista Veja, que contou com a participação de apenas três candidatos.
A ausência de Nunes, Boulos e Datena no último encontro foi atribuída ao desconforto gerado pelas táticas de Pablo Marçal, que envolviam publicar vídeos editados com ataques aos adversários nas redes sociais.
Participam do debate Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB), Pablo Marçal (PRTB) e José Luiz Datena (PSDB).
Um triz para agressão
Marçal e Datena quase chegaram às vias de fato. No bloco para o confronto direto entre os candidatos Datena saiu do púlpito e andou em direção a Marçal. Houve receio de que o confronto evoluísse para uma briga física. Logo na sequência, o bloco foi interrompido e o desentendimento continuou nos bastidores.
No encerramento do debate, o ex-coach usou o episódio para se vitimizar. "Datena quase me agrediu porque não tem equilíbrio emocional" disse.
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Os cinco blocos do debate
No primeiro bloco foram feitas perguntas entre candidatos, nesta ordem: Marçal, Nunes, Tabata, Boulos e Datena. No segundo, perguntas feitas por jornalistas. No terceiro, perguntas sobre os temas: mobilidade, educação, saúde, meio ambiente e economia e cada candidato escolheu adversário para comentar a resposta.
No quarto bloco, perguntas do público que foram encaminhadas pelas redes sociais e selecionadas pela organização do debate. No quinto e último bloco foram feitas as considerações finais.