Após fazer um acordo para reduzir a pressão sobre Alexandre de Moraes, que resultou na colocação de um aliado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) vai entrar novamente em campo para tentar conter um novo chilique de Jair Bolsonaro (PL).
ENTENDA: Folha, Bolsonaro, Temer e Tarcísio: o que e quem pode estar por trás das "denúncias" contra Moraes
Te podría interesar
Articulando com a mídia liberal, em especial a Globo, e banqueiros para se tornar o candidato da "terceira via" em 2026, o governador paulista deve atuar como interlocutor, juntamente com Michel Temer (MDB), para tentar evitar ataques do ex-presidente ao ministro da suprema corte, a exemplo do que ocorreu em 7 de setembro de 2021.
À época, o então presidente subiu em um trio elétrico durante ato na Avenida Paulista dizendo que não cumpriria mais decisões de Moraes, a quem classificou como "canalha". A declaração provocou crise com o STF e Bolsonaro apelou a Temer, que escreveu uma carta em nome do capitão se redimindo sobre a fala.
Te podría interesar
Agora, Tarcísio quer atuar como bombeiro antes que Bolsonaro incendeie a horda de extremistas no ato marcado para o próximo dia 7 de setembro, que está sendo convocado pelo pastor Silas Malafaia na mesma avenida paulista para pedir o impeachment do ministro.
Bolsonaro já teria confirmado que vai à manifestação. Tarcísio, no entanto, tenta impedir que ele ataque frontalmente Moraes.
Segundo Bela Megale, no jornal O Globo, o governador teria dito a interlocutores que está “preparando as mangueiras de incêndio”.
O argumento de Tarcísio é que um ataque direto a Mores pode resultar em um pedido de prisão preventiva de Bolsonaro.
O governador paulista também teria sido procurado por ministros do Supremo para "medir a temperatura" do ato.