FASCISMO BOLSONARISTA

De olho na terceira via, Tarcísio tenta conter novo chilique de Bolsonaro contra Moraes

Governador paulista, que se aproximou de Moraes, busca convencer Bolsonaro a não realizar novo ataque ao ministro do STF 3 anos após chamá-lo de "canalha". Provocação pode resultar em prisão preventiva

Tarcísio Gomes de Freitas e Alexandre de Moraes em evento no STJ em dezembro de 2022.Créditos: Pedro Ladeira/Folhapress
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Após fazer um acordo para reduzir a pressão sobre Alexandre de Moraes, que resultou na colocação de um aliado do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) vai entrar novamente em campo para tentar conter um novo chilique de Jair Bolsonaro (PL).

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Articulando com a mídia liberal, em especial a Globo, e banqueiros para se tornar o candidato da "terceira via" em 2026, o governador paulista deve atuar como interlocutor, juntamente com Michel Temer (MDB), para tentar evitar ataques do ex-presidente ao ministro da suprema corte, a exemplo do que ocorreu em 7 de setembro de 2021.

À época, o então presidente subiu em um trio elétrico durante ato na Avenida Paulista dizendo que não cumpriria mais decisões de Moraes, a quem classificou como "canalha". A declaração provocou crise com o STF e Bolsonaro apelou a Temer, que escreveu uma carta em nome do capitão se redimindo sobre a fala.

Agora, Tarcísio quer atuar como bombeiro antes que Bolsonaro incendeie a horda de extremistas no ato marcado para o próximo dia 7 de setembro, que está sendo convocado pelo pastor Silas Malafaia na mesma avenida paulista para pedir o impeachment do ministro.

Bolsonaro já teria confirmado que vai à manifestação. Tarcísio, no entanto, tenta impedir que ele ataque frontalmente Moraes.

Segundo Bela Megale, no jornal O Globo, o governador teria dito a interlocutores que está “preparando as mangueiras de incêndio”.

O argumento de Tarcísio é que um ataque direto a Mores pode resultar em um pedido de prisão preventiva de Bolsonaro.

O governador paulista também teria sido procurado por ministros do Supremo para "medir a temperatura" do ato.