ABIN PARALELA

Calheiros parte para cima de Bolsonaro e promete ir até cortes internacionais por "grampolândia"

Senador afirma que resultados da CPI da Covid foram afetados pelos grampos ilegais da Abin de Bolsonaro

Renan vai trabalhar na acusação contra Abin ParalelaCréditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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Em postagem feita no Twitter nesta sexta-feira (12), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que vai apelar juridicamente contra Jair Bolsonaro e os membros do esquema da da Abin Paralela.

De acordo com o parlamentar, os resultados das investigações da CPI da Covid em 2021 foram duramente afetados pela interferência da Abin, que agiu diretamente para espionar Calheiros, além de Omar Aziz (PSD-AM), Alessandro Vieira (MDB-ES) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AC).

A espionagem da Abin contra Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Omar Aziz se deu quando os três senadores presidiam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que atingiu diretamente o governo do ex-presidente Bolsonaro.

"Vou entrar na Justiça, até em cortes internacionais, como assistente da acusação no escândalo Abin. A grampolandia na cúpula da CPI mostra que a investigação pode ter sido embaraçada na ação marginal de órgãos de Estado. Fatos novos para PGR reabrir partes engavetadas por Aras", afirmou o senador em suas redes sociais.

Além de Renan, nesta sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues se manifestou por meio de uma nota e afirmou que a revelação de que ele e outros senadores foram espionados remete às páginas mais obscuras e autoritárias da história do Brasil.

"A violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remete às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade. Quaisquer indícios de violações a tais direitos devem ser rigorosamente apurados e punidos", disse.

Para o senador Alessandro Vieira, "a operação de hoje da PF mostra que fui vítima de espionagem criminosa e ataques online praticados por bandidos alojados no poder no governo passado. Isso é típico de governos ditatoriais. O Brasil segue cheio de problemas, mas ao menos do risco de volta da ditadura nos livramos."

Omar Aziz ainda não se pronunciou sobre o caso.