Em postagem feita no Twitter nesta sexta-feira (12), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que vai apelar juridicamente contra Jair Bolsonaro e os membros do esquema da da Abin Paralela.
De acordo com o parlamentar, os resultados das investigações da CPI da Covid em 2021 foram duramente afetados pela interferência da Abin, que agiu diretamente para espionar Calheiros, além de Omar Aziz (PSD-AM), Alessandro Vieira (MDB-ES) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AC).
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A espionagem da Abin contra Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e Omar Aziz se deu quando os três senadores presidiam a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que atingiu diretamente o governo do ex-presidente Bolsonaro.
"Vou entrar na Justiça, até em cortes internacionais, como assistente da acusação no escândalo Abin. A grampolandia na cúpula da CPI mostra que a investigação pode ter sido embaraçada na ação marginal de órgãos de Estado. Fatos novos para PGR reabrir partes engavetadas por Aras", afirmou o senador em suas redes sociais.
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Além de Renan, nesta sexta-feira, o senador Randolfe Rodrigues se manifestou por meio de uma nota e afirmou que a revelação de que ele e outros senadores foram espionados remete às páginas mais obscuras e autoritárias da história do Brasil.
"A violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remete às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade. Quaisquer indícios de violações a tais direitos devem ser rigorosamente apurados e punidos", disse.
Para o senador Alessandro Vieira, "a operação de hoje da PF mostra que fui vítima de espionagem criminosa e ataques online praticados por bandidos alojados no poder no governo passado. Isso é típico de governos ditatoriais. O Brasil segue cheio de problemas, mas ao menos do risco de volta da ditadura nos livramos."
Omar Aziz ainda não se pronunciou sobre o caso.