O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, que concorda cm os críticos de que o governo brasileiro ainda está muito analógico nas redes sociais. Segundo ele, “o combate às fake news é um problema ainda para nós”.
Segundo Haddad, o grau de desinformação nas redes ainda é muito grande. “O Lula não viveu isso nos oito anos de seus governos anteriores. Ele próprio fala: ‘Nós não temos engajamento? Mas como é que é isso?’. O ministro diz então que explicam a Lula: "é que isso é patrocinado, tem dinheiro de fora, tem dinheiro daqui, tem dinheiro de lá".
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“O mundo inteiro está enfrentando esse fenômeno. O ministro de Finanças da França, Buno Le Maire, me disse que a extrema direita lá está crescendo nas redes sociais. Não é por acaso que os extremistas defendem a possibilidade de disseminação de fake news sob o manto da liberdade de expressão. Eu vejo muita loucura nas redes”, diz ainda.
Saída democrática
Haddad, no entanto, ressalta que o governo quer uma saída democrática para o problema. “Não queremos uma saída autoritária. Tem países que adotam saídas autoritárias. Proíbe [o funcionamento das plataformas] e acabou”, disse. “Nós queremos proteger o indivíduo de uma avalanche de desinformação que ofende a sua reputação e contra a qual ele não tem proteção”, destaca.
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E faz a autocrítica: “nós temos também que calibrar melhor a nossa comunicação, os nossos discursos. Precisamos aprender a lidar com essa ascensão da extrema direita. Será um ciclo longo, um inverno longo. A extrema direita não é episódica. Ela pode até durar pouco no curso da História. Mas às custas de muita destruição às vezes”, adverte.