O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu encaminhar à Procuradoria-Geral da República (PGR) um novo pedido de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. O requerimento, feito em 29 de outubro, busca a revisão das medidas cautelares que impõem o recolhimento domiciliar noturno e aos fins de semana.
Na decisão, Moraes enfatiza os achados do relatório final da Polícia Federal, que atribuem à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal falhas significativas na preparação e resposta aos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o despacho: “Conclui-se que as falhas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) no enfrentamento das manifestações de 08/01/2023 são evidentes, especialmente pela ausência inesperada de seu principal líder, Anderson Gustavo Torres”.
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O documento destaca que a falta de ações coordenadas e a difusão restrita de informações cruciais contidas no Relatório de Inteligência foram fatores decisivos para a ineficiência da resposta das forças de segurança. Moraes reforça em sua análise: “A ausência de articulação e de difusão de dados comprometeu a capacidade de antecipar e enfrentar os atos de violência, revelando um despreparo que não pôde conter a escalada dos eventos ocorridos”.
A defesa de Torres argumenta que o ex-secretário precisa da revogação das medidas cautelares para cuidar de sua mãe, que enfrenta uma doença grave, e de seu pai idoso. No entanto, Moraes manteve a cautela ao encaminhar o pedido à PGR para manifestação, em um movimento que poderá decidir os próximos passos do processo.
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Essa nova solicitação surge após um pedido anterior, também realizado em outubro, indicando a persistência da defesa em buscar a revisão das medidas impostas. A resposta da PGR será determinante para definir o desfecho da situação de Torres e pode influenciar o rumo das investigações em torno das omissões e falhas apontadas na gestão da SSP/DF.