Após participação no ato Democracia Inabalada, ocorrido nesta segunda-feira (8), Flávio Dino começou a arrumar as gavetas e a se despedir de funcionários do Ministério da Justiça. O ministro deve deixar o governo até a próxima sexta-feira (12) e curtir férias antes de assumir a vaga deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de fevereiro.
Secretário-Executivo e homem de confiança de Dino, Ricardo Cappelli deve seguir à frente da pasta nos próximos dias - e até assumir o Ministério da Segurança Pública, caso Lula decida desmembrar a pasta em duas.
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Além de Cappelli, o advogado Marco Aurélio Carvalho, do grupo Prerrogativas, e o advogado-geral da União, Jorge Messias, também estão no radar para assumir o comando do Ministério.
No entanto, tudo indica que Lula deve bater o martelo no nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, com quem tem tido encontros recorrentes desde novembro.
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Lula já teria confidenciado a pessoas próximas que o ex-ministro, que deixou a corte em abril de 2023 aos 75 anos, é seu favorito para o cargo.
O presidente vê Lewandowski com um perfil parecido com o de Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da Justiça em seu primeiro mandato - e nos três meses do segundo -, para levar adiante a missão de conciliar e pacificar o país.
Assim como Thomaz Bastos, que morreu em 2014, Lewandowski teria um bom trânsito entre as diversas instituições e é respeito até mesmo dos opositores no Congresso Nacional, onde Lula enfrenta maiores dificuldades de conciliação.
A formalização do convite deve ser feita nos próximos dias. Há possibilidade, inclusive, que Lewandowski seja anunciado ministro na saída de Dino, ainda neste semana.
No evento deste 8 de janeiro, Lewandowski teria, inclusive, brincado com um de seus concorrentes ao cargo. "Se eu for convidado, seremos irmãos siameses", disse o ex-ministro do STF ao AGU Jorge Messias.