Abandonado por Jair Bolsonaro (PL) e usando tornozeleira eletrônica - entre outras medidas cautelares - após amargar cerca de 4 meses de cadeia, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, está em vias de ser expulso da Polícia Federal, corporação na qual atuou como delegado antes de partir para cargos políticos.
Torres enfrenta um processo administrativo instaurado em 28 de junho que já teria identificado ao menos duas "transgressões disciplinares" e que deve resultar na expulsão do delegado dos quadros da PF.
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Uma das transgressões, a desídia, diz respeito à falta de zelo e negligência em sua atuação profissional.
Já a segunda transgressão deve complicar ainda mais a vida de Torres no processo sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro, ocorridos logo após ele assumir a secretaria de segurança do DF e partir para viagem aos EUA.
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Segundo o processo, Torres é investigado por "omissão em evitar a destruição do patrimônio do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, situação que importou em escândalo e concorreu para comprometer a função policial”.
Caso seja expulso da PF, a causa do desligamento deve somar-se às dezenas de provas - entre elas a minuta golpista - para responsabilizar o ex-ministro de Bolsonaro pelos atos golpistas.