Anderson Torres, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), teve uma “recepção de gala” ao chegar em casa, depois de ter sido solto por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma moradora vizinha à residência de Torres, no condomínio Ville de Montagne, em Brasília, estendeu uma bandeira do PT, na noite desta quinta-feira (11), para receber o ex-ministro. Ele ficou quatro meses preso no Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará.
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Torres chegou em casa perto das 22 horas. De maneira discreta, entrou na garagem da residência ainda dentro do carro e não atendeu jornalistas.
A vizinha, que preferiu não se identificar, declarou: “Já que era para recepcionar, que seja com tapete vermelho. Não aprovo os atos terroristas que ele se envolveu”, afirmou ao Metrópoles.
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Outra moradora do condomínio foi pelo mesmo caminho: “Um absurdo, uma vergonha aquele quebra-quebra. O Ville é condomínio de gente que defende a natureza, gente trabalhadora”.
Moraes determina soltura com tornozeleira eletrônica
Alexandre de Moraes determinou, nesta quinta-feira (11), que Anderson Torres fosse solto. Ele estava preso preventivamente desde 14 de janeiro.
Torres é investigado por omissão durante os atos terroristas de 8 de janeiro, quando ocupava a chefia da secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Moraes tomou a decisão depois que os advogados de defesa de Torres pedirem, por duas vezes, a “revogação da prisão preventiva”.
Confira as medidas cautelares que devem ser obedecidas por Torres:
Proibição de deixar o Distrito Federal e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante uso de tornozeleira eletrônica;
Afastamento imediato do cargo de delegado da Polícia Federal;
Obrigação de se apresentar perante o Juízo da Vara de Execuções Penais do DF em 24 horas e comparecimento semanal, sempre às segundas-feiras;
Proibição de se ausentar do país, com obrigação de entregar os passaportes à Justiça em 24 horas;
Cancelamento de todos os passaportes emitidos;
Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome de Anderson Torres, inclusive a arma funcional;
Proibição de utilização de redes sociais;
Proibição de se comunicar com os demais envolvidos nas investigações, por qualquer meio.
"A presente decisão servirá de alvará de soltura clausulado em favor de ANDERSON GUSTAVO TORRES servirá também de ofício de apresentação ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, no prazo de 24 horas", escreveu Moraes na decisão.