O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, teve uma surpreendente reação ao ser comunicado por sua esposa, a advogada Flávia Torres, de que seria solto.
Flávia recebeu uma ligação do advogado Eumar Novacki, na tarde desta quinta-feira (11), informando a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de soltar o ex-ministro. Ao comunicar a notícia a Torres, ele caiu em prantos e disse que estava “muito aliviado”.
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Flávia visitava o marido regularmente no batalhão onde ele está preso desde janeiro, no Distrito Federal.
A decisão de soltura
Alexandre de Moraes determinou, nesta quinta-feira (11), que Anderson Torres seja solto. Ele estava preso preventivamente desde 14 de janeiro.
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Na decisão, Moraes diz que não vê mais motivos para o ex-ministro da Justiça seguir preso no curso das investigações.
"As razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade”, afirmou Moraes.
Torres é investigado por omissão durante os atos terroristas de 8 de janeiro, quando ocupava a chefia da secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.
Moraes tomou a decisão depois que os advogados de defesa de Torres pedirem, por duas vezes, a “revogação da prisão preventiva”.
Confira as medidas cautelares que devem ser obedecidas por Torres:
Proibição de deixar o Distrito Federal e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante uso de tornozeleira eletrônica;
Afastamento imediato do cargo de delegado da Polícia Federal;
Obrigação de se apresentar perante o Juízo da Vara de Execuções Penais do DF em 24 horas e comparecimento semanal, sempre às segundas-feiras;
Proibição de se ausentar do país, com obrigação de entregar os passaportes à Justiça em 24 horas;
Cancelamento de todos os passaportes emitidos;
Suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome de Anderson Torres, inclusive a arma funcional;
Proibição de utilização de redes sociais;
Proibição de se comunicar com os demais envolvidos nas investigações, por qualquer meio.
"A presente decisão servirá de alvará de soltura clausulado em favor de ANDERSON GUSTAVO TORRES servirá também de ofício de apresentação ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, no prazo de 24 horas", escreveu Moraes na decisão.
Com informações da coluna de Bela Megale