O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), Anderson Torres, prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira (8). Desta vez ele não ficou em silêncio.
Torres foi ouvido na condição de declarante, ou seja, ele ainda não é investigado formalmente no caso, que apura sobre as blitze feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022.
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A PF investiga a possível interferência da pasta comandada por Torres na série de operações, a maioria no Nordeste, que retardou a chegada de eleitores aos locais de votação em zonas onde voto petista foi predominante.
Em nota, a defesa do ex-ministro informou que o "depoimento ocorreu dentro da normalidade".
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"Anderson Torres compareceu à sede da Polícia Federal, abriu mão de seu direito constitucional ao silêncio e respondeu todos os questionamentos formulados", afirmaram os advogados.
De acordo com os advogados de defesa de Torres, ele adotou uma postura colaborativa.
"mantém a postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá".
O teor do depoimento não foi divulgado.
Torres chegou à sede da PF escoltado pela Polícia Militar por volta das 13h30. O depoimento estava marcado para 14h30. Ele deixou a sede da corporação por volta das 17h.
O depoimento anterior foi cancelado a pedido da defesa, que apresentou laudo psiquiátrico de Torres com informações de que ele não teria condições de comparecer.
Torres está preso desde o dia 14 de janeiro acusado de conivência com os ataques bolsonaristas às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.