A Gerência de Serviços de Atenção Primária Prisional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, através de laudo encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres está em "bom estado geral, consciente, atento e colaborativo”.
"Seu pensamento está agregado e organizado, com fluidez aparentemente normal, sem evidências de alteração da sensopercepção. Seu humor encontra-se hipotímico e ansioso, com labilidade emocional constante, principalmente ao falar da família", diz o texto do último dia 30 de abril.
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"Refere crises de ansiedade diárias, mas nega desejo de morte e ideação suicida. As medicações foram ajustadas com a intenção de melhor controle do humor e das crises de ansiedade", prossegue o documento.
Instalações adequadas
O laudo, que foi assinado por um psiquiatra, informa que as instalações onde Torres está preso desde o dia 12 de janeiro, um batalhão da Polícia Militar do DF, são "adequadas" ao estado de saúde dele.
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O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou na sexta-feira (28) que Anderson Torres seja submetido a um exame de sanidade mental. Mais cedo, seu colega de Corte, ministro Luís Roberto Barroso, havia negado pedido de soltura de Torres feito pela defesa.
O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro no âmbito do inquérito dos atos golpistas promovidos por bolsonaristas 6 dias antes, sob a acusação de omissão, e seus advogados têm apelado por relaxamento de sua pena com a justificativa de que ele estaria apresentando problemas psicológicos e "lapsos de memória". Bolsonaristas como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fala até em "risco de suicídio".
Com informações do Globo