O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (28) que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres, seja submetido a um exame de sanidade mental. Mais cedo, seu colega de Corte, ministro Luís Roberto Barroso, havia negado pedido de soltura de Torres feito pela defesa.
O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro no âmbito do inquérito dos atos golpistas promovidos por bolsonaristas 6 dias antes, sob a acusação de omissão, e seus advogados têm apelado por relaxamento de sua pena com a justificativa de que ele estaria apresentando problemas psicológicos e "lapsos de memória". Bolsonaristas como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fala até em "risco de suicídio".
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A determinação de Moraes no sentido de submeter Torres a exame de sanidade mental vem após o ex-ministro fornecer senhas falsas de seu celular à Polícia Federal. A defesa do preso afirma que ele forneceu as palavras-chave incorretas pois ele estaria acometido de "comprometimento cognitivo".
O ministro deu um prazo de 48 horas para que a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (DF) realize o exame e informe o resultado. Caso de fato seja constatado o comprometimento mental e o órgão avalie que não tem condições de garantir a saúde de Torres, o ex-ministro será transferido para um hospital penitenciário. Por hora, a prisão domiciliar está descartada.
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