Um profissional de saúde do governo do Distrito Federal, que vem atendendo Anderson Torres desde 17 de janeiro, divulgou neste domingo (23) o último laudo médico do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, que está preso desde 14 de janeiro. Torres é acusado de ter sido conivente com os ataques de depredação perpetrados por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no último dia 8 de janeiro, em Brasília.
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Semanas depois da prisão foi encontrada uma minuta golpista em sua residência que previa intervenção do Executivo no Tribunal Superior Eleitoral durante o período de transição, ou seja, entre o segundo turno, realizado em 30 de outubro, e a posse de Lula (PT) em primeiro de janeiro.
Desde a prisão, os relatos da rotina de Torres na carceragem do 4º Batalhão da Polícia Militar do DF dão conta de problemas de saúde física e mental. No último mês, Torres não estaria se alimentando corretamente e apresentaria sintomas de profunda depressão. Agora, o laudo revelado pela coluna da Bela Megale, em O Globo, mostra que houve uma “piora significativa no seu quadro psiquiátrico”.
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“Fizemos várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir conseguências deletérias das crises, como risco de suicídio (…) Houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do espero”, diz o laudo.
Entre as queixas de Torres relatadas no laudo estaria a “sensação de desconforto e angústia física, pressão na cabeça associada a sintomas psíquicos como nervosismo, pensamentos ruins e medo e insegurança em relação aos familiares”. Ainda de acordo com o laudo, entre as consequências desse quadro estariam muitas crises de choro e uma acentuada perda de peso.
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Na última semana, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão de Torres e contrariou o Ministério Público Federal que pediu sua soltura levando em consideração sobretudo os laudos médicos. Na próxima segunda-feira (24) Torres completa 100 dias preso.