NA CADEIA

Alexandre de Moraes nega pedido de liberdade e mantém prisão de Anderson Torres

Ex-ministro de Bolsonaro está preso desde 14 de fevereiro por seu envolvimento nos atos terroristas de 8 de janeiro

O ex-ministro Anderson Torres.Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Preso desde o dia 14 de fevereiro, acusado de omissão nos atos terroristas de 8 de janeiro, quando extremistas apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) vandalizaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, o ex-ministro Anderson Torres teve seu pedido de liberdade negado.

A decisão pela manutenção da prisão foi do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O magistrado foi respaldado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), argumentando que, no atual momento das investigações, a “razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação” da medida.

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Moraes mencionou, também, a “minuta do golpe de Estado” encontrada na casa de Torres por agentes da Polícia Federal (PF). O documento previa decretar “estado de defesa” na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contestar ilegalmente o resultado das eleições vencidas pelo presidente Lula (PT)

O ministro determinou, ainda, que Torres seja ouvido pela PF no inquérito que apura as ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante as eleições, atendendo a um pedido da própria Polícia Federal.

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PRF de Torres fiscalizou mais de 2 mil ônibus no Nordeste, onde Lula era favorito

Um relatório do Ministério da Justiça e Segurança Pública, encaminhado à Controladoria Geral da União (CGU), aponta que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Lula era favorito, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do segundo turno das eleições de 2022. À época, o Ministério da Justiça, o qual a PRF está subordinada, era comandado por Torres.