O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta-feira (14) que a Polícia Federal tome depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre os ataques a Brasília do último 8 de janeiro em até 10 dias. O depoimento será tomado no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, especificamente nas investigações sobre eventuais mentores e incentivadores da baderna golpista.
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“Determino à Polícia Federal que proceda à oitiva de Jair Messias Bolsonaro, no prazo máximo de 10 dias, devendo a Procuradoria-Geral da República ser previamente avisada do dia agendado para, se entender necessário, acompanhar a oitiva”, escreveu Moraes ao autorizar o pedido da própria PGR para que o ex-presidente fosse ouvido.
A investigação aponta uma postagem feita por Bolsonaro em 10 de janeiro, apenas dois dias após os ataques, que o ligaria diretamente ao acontecimento. Na ocasião, o líder fundamentalista de extrema direita postou um vídeo no seu Facebook em que o procurador bolsonarista Felipe Gimenez afirma que “Lula não foi eleito, mas escolhido pelo STF e TSE”.
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Trata-se de uma fake news, já que a vitória de Lula foi atestada até mesmo por relatório de militares após a apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e observadores internacionais. Chefes de Estado de todo o mundo reconhecem o resultado que deu vitória ao petista, que foi diplomado, tomou posse e está governando.
A postagem de Bolsonaro, que desafia a Justiça brasileira, já que há inúmeras ações coibindo a divulgação de fake news, também é um endosso ao golpismo de seus apoiadores. Isso porque o vídeo em questão foi divulgado apenas 2 dias após o levante terrorista de bolsonaristas em Brasília. A publicação foi apagada, mas prints e outros tipos de registros circulam nos meios de comunicação.