COLABORANDO

Anderson Torres dá senhas de celulares e e-mails à PGR para sair da cadeia

Detido desde 14 de janeiro, ex-MJ tem colaborado com investigações para sair da prisão preventiva

Ex-ministro da Justiça está preso desde o início dos anosCréditos: Agência Brasil
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O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, entregou as senhas de seu celular e de seus e-mails para a Procuradoria Geral da República (PGR). A intenção é demonstrar colaboração com as investigações sobre o dia 8 de janeiro. As informações são da CNN Brasil.

Torres também teria liberado acesso de seu sigilo fiscal, bancário e telefônico para as autoridades. Após a formalização da colaboração, a PGR e o Ministério Público recomendaram a soltura de Anderson Torres mediante uso de tornozeleira eletrônica.

“O MPF entende que, no atual cenário da investigação, não mais subsistem os requisitos para a manutenção da segregação cautelar”, disse o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal.

“A prisão do investigado foi fundamental para evitar a ocultação ou destruição de provas, como, por exemplo, os materiais que foram encontrados em sua residência durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão domiciliar”, completa.

O processo está sob as mãos do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que deve avaliar se Torres poderá ser libertado nos próximos dias.

Segundo a CNN, a postura de Torres teria  se afrouxado após uma mudança em sua equipe de defesa, que prefere uma abordagem mais colaborativa com as autoridades que investigam o caso.

O ex-ministro da Justiça é acusado de ter propositalmente atrapalhado as eleições e dificultado  o acesso de eleitores em cidades com maioria de eleitores de Lula no segundo turno do ano passado, além de ter sido, no mínimo, conivente com os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Durante as investigações, uma minuta propondo um golpe de estado após as eleições foi encontrada na casa de Torres.

Ele teve prisão preventiva decretada em 10 de janeiro de 2023, dois dias após a invasão à Praça dos Três Poderes, e se entregou quatro dias depois. Torres estava na Flórida durante os atos de 8 de janeiro, na mesma cidade que seu ex-chefe Jair Bolsonaro.