Muito emocionado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na noite desta segunda-feira (26) na chamada Superlive Brasil da Esperança, organizada pela campanha petista e que teve também falas de aliados, artistas e eleitores. O evento foi realizado em São Paulo e transmitido ao vivo pela internet.
“Estamos a seis dias da eleição mais importante das nossas vidas. Uma eleição que pode pôr fim à guerra que tomou conta desse país desde a chegada do atual presidente. Uma guerra que dividiu famílias, que fez velhos amigos se transformarem em inimigos, que fez até mesmo irmão atirar em irmão dentro da igreja, e isso precisa acabar. O quanto antes, melhor”, pontuou o ex-presidente.
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Lula lembrou que o Brasil não tem conflitos contra nenhum outro país e não faz sentido brigarmos internamente. “Falamos a mesma língua, temos a mesma história, amamos a mesma terra, a mesma bandeira e o mesmo verde e amarelo que não pertence a este ou aquele candidato e sim à totalidade do povo brasileiro”, declarou, para, na sequência, reiterar o compromisso de trazer paz para um Brasil combalido.
“Precisamos de paz. Para estudar, trabalhar, namorar e criar nossos filhos. O Brasil precisa de união e é em nome dela que estamos aqui. Estamos aqui em nome daqueles que não podem estar porque foram vítimas da Covid-19 e da violência política. Estamos aqui em nome daqueles que ainda virão e que não merecem nascer e viver nas ruínas de um país destruído pelo ódio e pela desesperança. Somos filhos e filhas do amor e da esperança, duas palavras eternizadas no hino mais bonito do mundo, que é o brasileiro. E é sobre os alicerces do amor e da esperança que nós vamos erguer de novo esse país. Esse é o meu primeiro compromisso com o povo brasileiro, trazer de volta a paz, o amor, a prosperidade e a esperança”, declarou o petista, que lidera todas as pesquisas eleitorais que possuem credibilidade, como Ipec, Datafolha e Ipespe.
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Para o ex-presidente, o período em que o Brasil teve de conviver com um governo Bolsonaro foi “uma das páginas mais infelizes da nossa história”. O petista lembrou da gestão desastrosa, acusada inclusive de ter sido criminosa, durante a pandemia e voltou a dizer que Bolsonaro não derramou qualquer lágrima pelos mais de 680 mil mortos. Em seguida, fez duras críticas sobre as condições em que se encontra o povo mais pobre e prometeu medidas econômicas e sociais a fim de reconstruir o país.
“São 33 milhões de brasileiros e brasileiras que não tem sequer um prato de arroz e feijão ou um copo de leite para dar para os filhos. 10 milhões estão desempregados, 39 milhões vivem na informalidade, e todas essas pessoas têm uma coisa em comum. Além de serem vítimas do sofrimento imposto pelo atual governo, elas nunca perderam a esperança, porque sabem que a dor, por mais tempo que dure, é passageira. Já viram antes esse país renascer das cinzas e sabem que seremos capazes de reconstruir outra vez o Brasil. Não há força maior no mundo do que a esperança de um povo que pode voltar a ser feliz. Vamos acabar com a fome de novo e ela nunca mais irá assombrar os lares das famílias brasileiras”, declarou Lula.
Um último tema digno de destaque diz respeito aos sigilos centenários que Bolsonaro costuma colocar em assuntos que aparentemente envolvem sua mulher e filhos, além do maior escândalo batizado como orçamento secreto, para o qual recentemente foram direcionadas verbas outrora destinadas à merenda escolas, combate ao câncer, entre outros assuntos de extrema relevância social. “Não haverá sigilo nas contas públicas, nem de cem anos, nem de dez anos, nem de um dia. O Portal da Transparência voltará a funcionar. No meu governo eu vou fazer um decreto para acabar com esses sigilos de cem anos porque eu quero ver o que esse cidadão está escondendo do povo brasileiro", prometeu Lula, tirando muitos aplausos dos presentes.
Assista, a seguir, a íntegra da Superlive Brasil da Esperança