Familiares de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT de Foz de Iguaçu que foi assassinado pelo bolsonarista Jorge Guaranho, realizam nesta quarta (14) e quinta-feira (15) um ato em frente ao Fórum de Foz de Iguaçu, onde vai ocorrer a audiência de instrução de Guaranho.
Marcelo Arruda, que era guarda municipal e dirigente do PT de Foz de Iguaçu, foi assassinado há pouco mais de dois meses por Jorge Guaranho que, ao tomar conhecimento de que a festa de aniversário de Arruda tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula, se dirigiu ao local da comemoração e, aos gritos de "aqui é Bolsonaro", invadiu o local da festividade e matou Arruda a tiros.
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Amigos e familiares de Marcelo Arruda vão utilizar a data da audiência de instrução de Jorge Guaranho para pedir paz, justiça e chamar atenção para a violência política incentivada por Bolsonaro (PL) e seus apoiadores.
Durante a audiência de instrução, o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3ª Vara Criminal vai ouvir testemunhas indicadas pelo Ministério Público (MP) e pela defesa de Jorge Guaranho, cuja presença ainda não foi confirmada. O atirador bolsonarista está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
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Relembre o caso
No dia 9 de julho, Marcelo Arruda foi assassinado por Jorge Guaranho aos gritos de “aqui é Bolsonaro”. O agente penal bolsonarista foi avisado que uma festa de aniversário com temática petista estava sendo realizada na região e para lá se dirigiu a fim de cobrar satisfações dos organizadores.
Ao chegar no local, trocou algumas ofensas com os presentes e prometeu voltar armado. Arruda, o aniversariante e anfitrião, que era guarda municipal, levou a ameaça a sério e também se armou. Cerca de 15 minutos se passaram e Guaranho voltou ao local, disparando contra Arruda, que acabou assassinado. No entanto, antes de morrer, a vítima conseguiu revidar e feriu o autor do crime com quatro tiros, impedindo uma tragédia maior.
O agente penal sobreviveu e, desde então, estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Foz do Iguaçu. Guaranho teve a prisão preventiva decretada e foi devidamente intimado pela Justiça a respeito da denúncia acatada pela 3ª Vara Criminal da cidade. Ele é réu por homicídio duplamente qualificado com motivo fútil e chegou a ganhar prisão domiciliar após a alta médica que, posteriormente, foi revogada.