A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais na tarde desta segunda-feira (26) para comentar o novo assassinato de um eleitor de Lula (PT), desta vez na cidade de Casvavel, no Ceará.
Em sua publicação, Gleisi lembrou de outros casos recentes de violência política promovidos por bolsonaristas contra petistas, como o atentado a bala contra o deputado federal Paulo Guedes (PT-MG) ocorrido no último domingo (25) em Minas Gerais.
"Uma menina atacada na cabeça por falar contra Bolsonaro, nosso companheiro Paulo Guedes sofreu atentado a tiros e agora ficamos sabendo que um bolsonarista entrou no bar perguntou quem era eleitor de Lula e o esfaqueou. É fanatismo e ódio estimulados por um homem desumano e cruel", disse a dirigente, responsabilizando Jair Bolsonaro (PL) pelos episódios de violência e intolerância.
O vice-presidente nacional do PT e deputado federal pelo Ceará, José Guimarães, também repercutiu o assassinato em suas redes sociais.
"Mais um eleitor de Lula assassinado. O criminoso esfaqueou a vítima após ela se manifestar a favor do petista em Cascavel (CE). Não é um caso isolado. É mais um crime político. Precisamos dar um basta nesse ódio bolsonarista que ceifa vidas. Essa barbárie precisa acabar!", escreveu Guimarães.
Outros políticos do campo progressista têm comentado sobre o caso e vêm expressando preocupação com a escalada de violência política às vésperas do primeiro turno das eleições, marcado para o dia 2 de outubro.
"O Brasil não aguenta um 2º turno com um miliciano que prega e estimula violência dia sim e dia também!", declarou Guilherme Boulos, candidato a deputado federal pelo PSOL em São Paulo.
"GRAVÍSSIMO! O bolsonarismo fez mais uma vítima. Um eleitor de Lula foi morto a facadas no Ceará. É preciso por fim a essa política do ódio de uma vez por todas", disse, por sua vez, o senador Humberto Costa (PT-PE).
Entenda o caso
Um eleitor do ex-presidente Lula foi assassinado a facadas neste sábado (25) em Cascavel, cidade localizada no Ceará.
De acordo com informações do jornal O Povo, a vítima tinha 39 anos e não possuía antecedentes criminais. O suspeito é um homem de 59 anos e com registro criminal por lesão corporal dolosa.
Investigação da Polícia Civil revelou que o criminoso teria chegado transtornado no local, um bar, e gritado "quem é eleitor do Lula aqui?". A vítima teria respondido: "Eu sou!". Na sequência de sua resposta, foi esfaqueada na costela pelo suspeito. Após o crime, o autor do crime fugiu do local.
Em nota, a Polícia Civil afirma que, "com base nas informações colhidas no local do crime, a motivação estaria relacionada à discussão política. No dia, a vítima chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento médico. As buscas pelo suspeito seguem".