Neste domingo (2) mais de 156 milhões de brasileiros vão às urnas para escolher o presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. No entanto, no lugar do clima festivo, há medo e apreensão por conta das inúmeras cenas de violência que ocorreram durante a campanha e, lamentavelmente, algumas delas resultaram em morte.
A retórica armamentista de Bolsonaro (PL), bem como as suas políticas de facilitação de acesso às armas, também ajudou a compor o acirramento entre os grupos políticos, principalmente entre bolsonaristas e a esquerda representada pelo PT. Para o mandatário e o seu grupo de militantes, não se trata de uma disputa a ser vencida, mas sim de eliminação do adversário.
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O caso paradigmático da violência política que tomaria conta do Brasil se deu no dia 9 de julho quando Jorge Guaranho, ao tomar conhecimento de que o Guarda Municipal e militante petista Marcelo Arruda comemorava o seu aniversário com temática alusiva ao presidente Lula, invadiu a festa aos gritos de "Aqui é Bolsonaro" e disparou contra Arruda, que veio a falecer.
A tragedia em torno de Marcelo Arruda chocou o país e levantou toda uma discussão sobre a violência política e um clima de medo e apreensão passou a marcar os dias seguintes.
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No entanto, os confrontos motivados por ódio político não pararam no caso Marcelo Arruda.
Em São Gonçalo (RJ), uma mulher grávida, que estava fazendo panfletagem para um candidato do PT, foi agredida por grupo supostamente ligado ao PL, partido de presidente.
Outra ocorrência que também chamou a atenção se deu com Paulo Guedes, candidato do PT a deputado federal por Montes Claros (MG) que teve o seu carro de som alvejado três vezes por um militante bolsonarista, que foi preso logo após o ocorrido.
As histórias acima relatadas se somam a tantas outras que ocorreram ao longo do pleito e todo um clima de medo se formou.
Pela primeira vez na história do Brasil, os eleitores vão às urnas sob forte tensão causada por vários ataques motivados por intolerância e ódio político.