Às 14h46 deste domingo (21), horário de Brasília, Joe Biden foi às redes sociais e anunciou que estava desistindo de ser o candidato democrata à presidência dos EUA.
Cerca de 27 minutos depois, o presidente foi às redes e endossou o nome de sua vice, Kamala Harris, para ser sua substituto para "derrotar Trump", em relação ao adversário republicano, Donald Trump, que teve sua candidatura oficializada na quinta-feira (18).
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Embora as especulações sobre a desistência de Biden já tivessem pulverizadas na última semana, uma publicação de Kamala Harris na rede X neste sábado (20) sinalizou que o presidente já havia tomado a decisão - e que a indicaria como substituta.
Às 18h59, menos de 24 horas do anúncio da decisão, Kamala publicou uma foto ao lado de Biden na rede.
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Em um misto de desagravo - pela ofensiva dentro do próprio partido que o fez desistir - e de agradecimento pela escolha, Kamara afirmou que "Joe Biden é um líder que luta pelo povo americano".
"Como vice-presidente, vejo Joe Biden quando as câmeras estão ligadas e quando as câmeras estão desligadas – no Salão Oval, na Sala de Situação e durante a campanha", escreveu antes, sinalizando que participara da decisão nos bastidores.
Endosso
Menos de meia hora após divulgar uma carta na rede X anunciando que desistiu de tentar a reeleição nos EUA, o presidente Joe Biden publicou uma foto ao lado da vice, Kamala Harris, pedindo ao partido Democrata que a indique para substituí-lo na disputa contra o republicano Donald Trump.
"Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano", escreveu Biden.
Em seguida, o presidente estadunidense pediu união em torno da candidatura de Kamala para derrotar Trump.
"Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso", emendou Biden.
Por que Kamala Harris?
Além de um provável acordo de bastidores, Biden trabalha para que Kamala Harris seja sua substituída para que os Democratas possam usufruir do dinheiro já doado para a campanha.
Biden desistiu da disputa à reeleição após pressão de aliados e, principalmente, de financiadores da campanha, que fizeram doações a ambos nos últimos dois anos.
O dinheiro doado foi dividido entre a campanha de Biden, o Comitê Nacional Democrata e distribuído aos estados.
A estimativa é que até 30 de junho já haviam sido doados cerca de US$ 240 milhões. Somente o comitê de campanha Biden-Harris teria em caixa até 30 de maio US$ 91 milhões.
A doação milionária, no entanto, só poderá ser usada por Biden ou Kamala Harris. Caso os democratas optem por outro candidato, todas as doações terão de ser devolvidas.
Na sequência, o partido teria que fazer uma nova campanha de arrecadação, ficando em extrema desvantagem à campanha de Trump, que até maio já havia arrecadado US$ 116 milhões.
O dinheiro ainda poderia ser transferido para um Comitê de Ação Política para gastar em publicidade para o novo candidato democrata. No entanto, há taxas altas a serem pagas para a manobra, que ainda pode ser contestada na justiça.
Com isso, os Democratas devem ratificar a candidatura de Kamala, endossada por Biden.