TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O novo mercado siderúrgico revolucionário que o Brasil pode liderar em nível global

Relatório mostra que novas tecnologias podem colocar o país em posição pioneira

Companhia Siderúrgica Nacional em Volta RedondaCréditos: Henrique Barra Mansa, Wikimedia Commons
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

O Brasil tem potencial para se tornar um líder no mercado de aço verde, graças à sua abundância de energia renovável e reservas de minério de ferro de alta qualidade, segundo o relatório da Global Energy Monitor (GEM).

No entanto, 75% da siderurgia brasileira ainda depende do carvão, e as emissões do setor podem aumentar 33% até 2050 se não houver medidas para promover o aço de baixo carbono.

A transição para o aço verde no Brasil pode ser facilitada pelo uso de hidrogênio de baixo carbono, produzido a partir de fontes renováveis, uma área em que o país possui vantagens significativas.

O governo Lula tem intensificado e definiu que transição para o hidrogênio verde como forma principal de intensificar a produção energética limpa do Brasil nos próximos anos.

O Brasil está entre os líderes globais em energia eólica e solar, com 180 GW de parques eólicos e 139 GW de projetos solares em andamento, ficando atrás apenas da China em ambos os casos.

No entanto, investimentos em fornos a carvão podem atrasar a transição para o hidrogênio verde, e a troca pelo carvão vegetal ainda tem impacto limitado.

O aço verde deve ser um dos principais produtos renováveis na siderurgia ao redor do mundo ao longo dos próximos anos. Com o avanço de tecnologias verdes na China e na União Europeia, o Brasil pode se tornar um importante exportador do produto que deve ser cada vez mais importante nas cadeias de produção globais.