Sobre a questão da Palestina, a China sempre se posicionou firmemente ao lado da paz, dos direitos humanos e do direito internacional, e apoiou as Nações Unidas e o secretário-geral em desempenhar um papel único e insubstituível na resolução do conflito. Essa declaração foi feita pelo principal diplomata chinês, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi.
Wang, também membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), fez os comentários durante um encontro com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na sede da ONU em Nova York, nesta terça-feira (28).
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Cessar-fogo e solução de dois estados
A Resolução 2712, a primeira resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU após o atual surto do conflito Palestino-Israelense em 7 de outubro, "promoveu os primeiros passos para um cessar-fogo e é um bom começo para resolver o conflito Israel-Palestina por meios políticos", disse Wang.
Ele enfatizou que a questão chave agora é se o acordo temporário de cessar-fogo pode ser estendido e se os combates serão retomados em Gaza após o fim do cessar-fogo temporário.
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A guerra não deve ser reacendida. Um cessar-fogo abrangente deve ser realizado para evitar mais desastres humanitários, e os detidos devem ser libertados. Suprimentos humanitários devem ser permitidos entrar em Gaza sem impedimentos, mais pontos de travessia devem ser abertos, e um mecanismo eficaz de supervisão deve ser estabelecido.
A "solução de dois Estados" deve ser restabelecida o mais rápido possível, que é o maior denominador comum da comunidade internacional e o caminho fundamental para sair da questão Israel-Palestina, disse Wang.
"A China pede a convocação o mais rápido possível de uma conferência internacional de paz mais autoritária, em maior escala e mais eficaz, e a formulação de um mapa rodoviário e cronograma para relançar a solução de dois Estados. A China apoia o papel de liderança das Nações Unidas neste aspecto", enfatizou o diplomata.
Como presidente rotativo do Conselho de Segurança em novembro, a China sedia uma reunião de alto nível do conselho sobre o conflito Palestino-Israelense nesta quarta-feira (29), com Wang presidindo a reunião.
Guterres disse que aprecia a China por sediar a reunião e observou o "papel construtivo desempenhado pela China durante sua presidência do Conselho de Segurança no avanço de uma solução política para a questão Israel-Palestina e no alívio da situação humanitária".
Ele disse que a ONU defende firmemente a implementação da "solução de dois Estados" para resolver fundamentalmente a questão da Palestina. "Esperamos mais consenso no Conselho de Segurança sobre esta questão", disse ele.
Encontro com chanceler brasileiro
Wang também se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o ministro das Relações Exteriores da Malásia, Zambry Abdul Kadir, no mesmo dia.
Vieira disse que o Brasil espera que a China desempenhe um papel influente e de liderança e está pronto para trabalhar em estreita colaboração com a China para promover novas ações do Conselho de Segurança e fazer uma declaração unânime e clara.
Wang disse que a reunião de alto nível de quarta-feira ocorre em um momento crítico no último dia do acordo temporário de cessar-fogo. A reunião deve enviar uma mensagem clara de que não devemos permitir que a guerra seja reacendida ou permitir que mais civis inocentes sejam prejudicados.
Kadir disse que a China tem uma influência importante no mundo e sempre manteve uma posição justa sobre o conflito Palestino-Israelense. Ele disse que espera que a China lidere com iniciativas concretas alinhadas com a maioria dos desejos internacionais.
A Malásia apoia totalmente a posição da China, defendendo a ação do Conselho de Segurança para prevenir a renovação do conflito, acelerar a assistência humanitária e abordar a crise, disse ele.
Com informações do China Daily