A narrativa oficial de Elon Musk sobre sua compra do Twitter envolve uma suposta batalha pela liberdade de expressão. Agora, o defensor da "liberdade de expressão" usa o Brasil como seu campo de batalha.
Ele afirmou que não irá responder às decisões judiciais brasileiras e atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes por considerá-lo um inimigo da liberdade.
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Mas o próprio Elon Musk se tornou exemplo de violação a tal liberdade.
Ele havia financiado e promovido o programa 'The Don Lemon Show', um programa de entrevistas comandado pelo jornalista ex-CNN Don Lemon.
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A entrevista, transmitida pela própria plataforma X, ficou marcada por conta do final do programa, em que Don Lemon fez duros questionamentos contra Musk.
O jornalista questionou o bilionário sobre aspectos de má gestão da empresa, conivência do bilionário com o trumpismo e a extrema direita, além do financiamento da Arábia Saudita ao projeto.
Musk não gostou da entrevista e se calou diante das questões.
Dias depois, afirmou que o financiamento ao programa de Don Lemon estava suspenso.
"Você cancelou meu contrato depois de nossa entrevista. Eu não acho que você acredite em liberdade de expressão", disse Lemon.
Logo após a veiculação da entrevista, o bilionário disse que “a esquerda é um vírus”, que quer “a destruição da América” e disse que a imprensa é “basicamente a torcida de [Joe] Biden”.
Vale lembrar que, há algumas semanas, Musk afirmou que iria bancar os custos de processos de pessoas que foram demitidas por emitir "opiniões polêmicas". Mas isso não valia para Don Lemon.
Ou seja: liberdade de expressão absoluta para os meus e, para os outros, cortes de financiamento.