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Eleições em Portugal: esquerda cresce na apuração e empata no primeiro lugar, mas coalizão é incerta

Socialistas chegaram a reconhecer derrota, mas viraram e tomaram a dianteira momentânea; resultados ainda não são definitivos

Pedro Nuno Santos pode ser o novo primeiro ministro de PortugalCréditos: Reprodução/ Instagram/Partido Socialista
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Neste domingo (10), as eleições portuguesas tiveram uma virada histórica durante a  apuração. Após declarar derrota no início da noite, o Partido Socialista agora deve tomar a dianteira do pleito.

Com 98% das urnas apuradas, a coalizão de centro direita da AD tem 28,64% dos votos, enquanto o Partido Socialista soma 28,64%. As projeções indicam 79 deputados para a AD e 77 para o PS.

Faltam apurar mais votos e contar as cadeiras do exterior, que devem dar vantagem para os socialistas. Contudo, a disputa está aberta.

Em terceiro lugar, ficou consolidado o Chega, partido de extrema direita.

A depender de quem ficará com o primeiro lugar, serão iniciadas as negociações para formar um gabinete e um governo estável.

Como formar gabinete?

O PS teria que tentar reeditar a Geringonça com os partidos de esquerda (Partido Comunista Português, Os Verdes, Bloco de Esquerda e Livre) para conseguir formar um governo de minoria.

A AD teria que se associar necessariamente com o Chega para formar um governo de maioria, algo que é rejeitado pela classe política e pelos eleitores do partido.

O Chega já anunciou que quer governar com o AD e se colocou à disposição de Luiz Figueiredo para entrar na coalizão. Mas o AD se mantém em silêncio.

Sem maioria explícita, será difícil governar para qualquer um dos vencedores. Mas a morte da esquerda portuguesa não é nada certa.

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