Neste domingo (10), as eleições portuguesas tiveram uma virada histórica durante a apuração. Após declarar derrota no início da noite, o Partido Socialista agora deve tomar a dianteira do pleito.
Com 98% das urnas apuradas, a coalizão de centro direita da AD tem 28,64% dos votos, enquanto o Partido Socialista soma 28,64%. As projeções indicam 79 deputados para a AD e 77 para o PS.
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Faltam apurar mais votos e contar as cadeiras do exterior, que devem dar vantagem para os socialistas. Contudo, a disputa está aberta.
Em terceiro lugar, ficou consolidado o Chega, partido de extrema direita.
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A depender de quem ficará com o primeiro lugar, serão iniciadas as negociações para formar um gabinete e um governo estável.
Como formar gabinete?
O PS teria que tentar reeditar a Geringonça com os partidos de esquerda (Partido Comunista Português, Os Verdes, Bloco de Esquerda e Livre) para conseguir formar um governo de minoria.
A AD teria que se associar necessariamente com o Chega para formar um governo de maioria, algo que é rejeitado pela classe política e pelos eleitores do partido.
O Chega já anunciou que quer governar com o AD e se colocou à disposição de Luiz Figueiredo para entrar na coalizão. Mas o AD se mantém em silêncio.
Sem maioria explícita, será difícil governar para qualquer um dos vencedores. Mas a morte da esquerda portuguesa não é nada certa.