No próximo domingo (10), os portugueses irão às urnas para eleger um novo parlamento. As eleições estão acirradas e marcadas pelo crescimento do Chega, movimento político de extrema direita liderado por André Ventura, o homem que afirmou que prenderia Lula caso o presidente brasileiro pisasse em Portugal.
Apesar da relevância que o fascismo ganhou, as pesquisas indicam que os lusitanos não optarão em sua maioria pelo partido de extrema direita.
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A realidade é que a maior bancada deve ficar entre a coalizão da Aliança Democrática (centro-direita, composta de PSD, CDS e PPM) e o Partido Socialista.
A última sondagem da Consulmark2 contratada pelo canal francês Euronews aponta para uma vitória com margem de 2% da aliança de centro-direita, vencendo por 29% a esquerda, que pontua 27% no levantamento.
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O Chega, de extrema direita, aparece com 18%.
A grande questão é: será que a Aliança Democrática se aliará com os fascistas? Seguir o caminho da Itália, ou tentar isolá-los, como se faz na Alemanha?
A maioria dos eleitores do AD não querem uma coalizão com os fascistas, mas isso garantiria a estabilidade da formação de uma maioria parlamentar.
Caso a esquerda surpreenda, o PS pode buscar reeditar a geringonça, chamando os minoritários da CDU, do Bloco de Esquerda e do Livre para formar um governo.
Outra possibilidade é uma coalizão AD-PS, formando um governo de frente ampla contra a extrema direita, à exemplo do que ocorreu na Tchéquia e na Polônia.
Ou talvez, no cenário da atual conjuntura, a formação de um governo de minoria ou um parlamento completamente travado também não podem ser descartados.