EUROPA

Eleições em Portugal 2024: a direita controlará o parlamento. Mas como?

AD lidera e Partido Socialista fica em segundo lugar: enquanto isso, Ventura implora por coalizão

Luís Montenegro.O próximo primeiro-ministro português deve ser Luís MontenegroCréditos: Reprodução/Instagram/AD
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Neste domingo (10), cerca de 60% dos eleitores aptos a votar foram às urnas em Portugal para escolher um novo parlamento e um novo primeiro-ministro para o país.

A favorita AD (centro direita) foi melhor nas pesquisas e confirmou seu favoritismo, seguida do Partido Socialista - que regia o último governo - e da extrema direita simbolizada no Chega.

O líder da AD é Luís Montenegro, que deve ser o futuro primeiro-ministro do país.

Porém, a difícil coalizão será um desafio para qualquer um. Os resultados ainda não foram consolidados, mas as projeções mostram o seguinte:

A rede SIC aponta:

  • AD: 27, 6% a 31, 8%
  • PS: 24,2% a 28, 4%
  • CH: 16,6% a 20, 8%
  • IL: 4,1% a 7,3% 
  • BE: 3,2% a 6,4%
  • Livre: 2,3% a 4,9%
  • CDU: 1,3% a 4,5% 
  • PAN: 0,5% a 3,1%

A RTP aponta:

  • AD: 29% a 33%
  • PS: 25% a 29%
  • CH: 14% a 17%
  • IL: 5% a 7%
  • BE: 4 % a 6%
  • Livre: 3% a 5%
  • CDU: 2% a 4%
  • PAN: 1% a 2%

Possíveis coalizões

Com o reconhecimento da derrota pelo Partido Socialista e consolidação da Aliança Democrática para formar governo, a dúvida recai sobre o terceiro lugar: os extremistas do Chega.

André Ventura, líder do partido fascista, já saiu à imprensa e disse: "Eleitores disseram que querem um governo da AD com o Chega", confirmando seu desejo de compor governo com a centro direita.

O problema é que a maioria dos eleitores do AD não querem uma coalizão com o Chega. Entretanto, isso garantiria a estabilidade da formação de uma maioria parlamentar e um governo.

O AD ainda não confirmou se tentará se coligar com o Chega ou aguardará o fim dos resultados para saber se haverá outras possibilidades na mesa.

Uma coalizão AD-PS, formando um governo de frente ampla contra a extrema direita, à exemplo do que ocorreu na Tchéquia e na Polônia, está descartada. A liderança do PS disse que "o PS não é o parceiro natural da AD” e que vai se opor às propostas da AD no parlamento.