POLÍTICA FRANCESA

Gabriel Attal: quem é o mais jovem e 1º premiê assumidamente gay da França

Nomeação histórica de ex-ministro da Educação sucede renúncia de Élisabeyh Borne, que liderará contraponto à extrema direita francesa

Gabriel Attal ingressou no partido de Macron em 2017.Créditos: Antoine Lamielle/Wikimedia Commons
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Nesta terça-feira (9), o presidente francês, Emmanuel Macron, oficializou Gabriel Attal, o popular ministro da Educação, como o novo primeiro-ministro, sucedendo Élisabeth Borne, que renunciou na segunda-feira. Com a nomeação, Attal, aos 34 anos, se torna o primeiro-ministro mais jovem da história da França. 

Attal também é o primeiro a assumir abertamente sua homossexualidade ao ocupar o cargo. Seu desafio primordial será conter o avanço da extrema direita e consolidar sua posição na maioria presidencial para confrontar a oposição. 

Além disso, ele liderará a campanha para as eleições europeias contra Jordan Bardella, da extrema direita francesa, à frente da lista de candidatos do partido Reunião Nacional (RN), que mantém uma vantagem significativa nas pesquisas, de acordo com o RFI e Agence France Press (AFP).

"Caro Gabriel Attal, sei que posso contar com a sua energia e o seu empenho", afirma Macron em uma publicação na rede social X, antigo Twitter. "Todos os meus parabéns, Gabriel Attal", também escreveu nas redes sociais o líder parlamentar do partido de Macron, Sylvain Maillard.

Quem é Gabriel Attal

Nascido em 1989 em Clamart, na França, primeiro-ministro tem apenas 34 anos. Bastante próximo do presidente Emmanuel Macron, decidiu ingressar no partido A República Em Marcha em 2017, agora conhecido como Renascimento, conquistando a posição de deputado na Assembleia Nacional francesa no mesmo ano. 

Aos 29 anos, entrou para o governo, assumindo o cargo de secretário de Estado do Ministério da Educação Nacional e da Juventude na segunda gestão do primeiro-ministro Édouard Philippe, em 2018. No início de sua carreira, Attal se vinculou ao Partido Socialista (PS), apoiando a candidatura de Ségolène Royal nas eleições presidenciais de 2007.

Nesse momento, Attal deve tentar dar um novo caminho para os cinco anos do mandato de Macron. Para cientistas políticos, as mudanças representam também uma forma de ampliar as chances do Renascimento nas eleições do Parlamento Europeu.