O presidente francês Emmanuel Macron fez um duro discurso televisivo na noite desta quinta-feira (12) e se posicionou de forma incondicional ao lado de Israel no conflito em curso no qual o Estado judeu ataca violentamente com bombardeios a Faixa de Gaza, em decorrência das ações sangrentas conduzidas pelo grupo radical Hamas no último sábado (7) que deixou pelo menos 1.400 mortos em vilas e kibutz do país. Na quarta-feira (11), seu ministro do Interior, Gerald Darmanin, já havia anunciado que “estavam proibidas as manifestações pró-palestinos na França”, sob o argumento de que tais atos “provavelmente gerariam perturbações à ordem pública”.
Mesmo diante da retórica pró-Israel e da determinação de Darmanin, dezenas de milhares de pessoas se juntaram nesta tarde (12) no centro de Paris para manifestar seu apoio ao povo da Palestina e denunciar as ações devastadoras levadas a cabo pelas IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla em inglês), que promovem um brutal ataque aéreo à Faixa de Gaza e impõem um duro e inflexível bloqueio total ao território, deixando a população sem água, luz e comida.
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Nas imagens que circulam pelas redes sociais é possível ver um ato gigantesco pelas ruas da região central da capital francesa, com inúmeras bandeiras da Palestina e com gritos de protesto como “Nós somos todos os palestinos!”. A França é o país europeu com o maior número de imigrantes e descendentes de árabes, o que faz com que os conflitos ocorridos em Israel ganhem grande ressonância por lá. A nação é também a que tem a maior comunidade judaica do continente.
Como era de se imaginar, após algumas horas de protesto desafiando as ordens do ministro responsável pela segurança pública, a Polícia Nacional iniciou uma dura repressão contra os manifestantes por meio de sua tropa de choque, que além de usar cacetes e jatos de pimenta contra a multidão, lançou ainda bombas de gás lacrimogêneo.
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Veja as imagens do protesto e da repressão da polícia: