CRISE

Niger fecha espaço aéreo, acusa potências de ataque coordenado e dobra aposta em conflito

Guerra no Níger teria "consequências desastrosas", afirma junta militar que governa o país

Coronel-Major Amadou Abdramane, uma das lideranças nigerinas da insurgência militar Créditos: Reprodução/RTN
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O governo militar nigerino anunciou em comunicado que irá fechar o espaço aéreo do país por questões de segurança, após tensões entre Niamey e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP) - nome dado à junta militar que tomou o poder no fim de junho - afirma que uma guerra em três frentes deve começar a qualquer momento.

Segundo os militares, um relatório de inteligência afirma que uma potência não-identifica planeja uma ação no país. Além disso, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) também deve invadir o país, além de grupos terroristas no Saara.

"As forças armadas de Niger e todas as nossas forças de segurança estão prontas para defender a integridade do nosso território e a honra do nosso povo", disse o CNSP.

Em artigo para o Washington Post, o ex-presidente deposto e preso Mohammed Bazoum pediu ação militar dos EUA dentro do país. A França descartou uma operação no país.

Vale ressaltar que Senegal e Nigéria já declararam que irão enviar tropas caso a CEDEAO autorize uma operação militar contra o CNSP.

Burkina Faso, Mali e Guiné afirmaram que irão considerar uma operação militar no Niger como uma declaração de guerra contra os seus próprios territórios.

A Argélia anunciou que deslocou tropas em direção ao Sul porque consideraria uma ação militar com entidades extrarregionais uma catástrofe. Vale ressaltar que a Argélia tem laços estreitos com a Rússia e pode apoiar o Niger. 

O Kremlin definitivamente apoiará o novo governo nigerino, mas não se sabe qual pode ser o tamanho e intensidade deste apoio.

 

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