A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) afirmou, através de nota, que não descarta uma operação militar contra o Niger após o golpe militar que ocorreu no país na última quarta-feira (26).
O grupo é composto por 15 países: os membros ativos são Benin, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbita, Gana, Guiné-Bissau, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Estão suspensos Mali, Burkina Faso, Guiné e, agora, Níger.
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Em nota, o órgãos também confirmou as sanções sobre o tema. "Caso as exigências das autoridades não sejam atendidas dentro de uma semana, tomaremos as medidas necessárias para restaurar a ordem constitucional na República do Níger. Tais medidas podem incluir o uso da força", disse o presidente da comissão da Cedeao, Omar Alieu Touray, após a reunião.
Na capital do Niger, Niamey, e em Agadez, foram realizadas manifestações em favor da prisão de Mohamed Bazmoun, presidente eleito que foi deposto.
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Nos protestos, cartazes dizendo "Abaixo à França, Viva Putin" foram erguidos pelos manifestantes, que apoiam a movimentação, similar aos golpes ocorridos em Burkina Faso, Mali, Guiné e Chade.
O porta-voz da junta militar nigerina, Mohamed Toumba, afirmou em pronunciamento que os países CEDEAO tinham um "plano de agressão" para derrubar o novo governo.
Macron faz eco aos desejos da CEDEAO, em especial pelo interesse francês no Níger, que utiliza das reservas de urânio do país, que é o sexto maior produtor do minério no mundo e a principal ex-colônia francesa exportadora da substância.