O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, enviou ao Senado do país um pedido de autorização para invadir o território do Níger para derrubar o novo governo instaurado na semana passada.
A Nigéria, que é o maior país da região em nível econômico e político, deve liderar a operação contra a junta militar anti-imperialista que prendeu o presidente Mohamed Bazoum e instaurou um governo anti-França em Niamney.
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A movimentação de Tinubu reforça a posição da Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que deu um prazo para que a junta renunciasse e restaurasse Bazoum ao poder. O limite para renúncia é sexta-feira.
Senegal e Nigéria apoiam a ação e foram endossados por Guiné-Bissau e Cabo Verde. A partir de agora, é questão de tempo para que os exércitos iniciem suas movimentações.
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Mali e Burkina Faso anunciaram em documento conjunto que uma possível invasão ao território nigerino seria considerada uma agressão aos seus territórios, portanto, uma guerra de grande escala deve se iniciar na África Ocidental em breve.
Níger ordenou o fim da cooperação militar francesa com o país, mas Paris não reconhece a ação e deseja manter suas tropas dentro do território do país.
Ainda que a França não entre diretamente na guerra, ela deve suprir com armas e inteligência a operação dos países da CEDEAO, que já participaram de outras sete operações militares no continente.
O golpe no Níger foi considerado a gota d'água para a organização, que já havia suspendido Mali, Guiné e Burkina Faso por insurgências militares anti-Ocidente desde 2020.
Além dos minérios do solo do Sahel, disputas econômicas que envolvem a moeda da região - o Franco da África Ocidental - e o fortalecimento dos interesses russos na África.