A Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) afirmou em nota publicada nesta sexta-feira (18) que a organização irá invadir com tropas o território do Niger.
O grupo, que envolve as principais economias da região - Senegal, Gana e Nigéria - afirmou que ainda não tem uma data para a operação militar, mas que ela está garantida.
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"Estamos prontos para intervir no Níger quando a ordem for dada. O dia D da intervenção militar foi decidido, mas não vamos revelar quando será", disse Abdel-Fatau Musah, comissário de Assuntos Políticos da organização Assuntos e Segurança da CEDEAO.
Abdel-Fatau ainda disse que o desejo da organização não é uma ação bélica, mas que a "intransigência" do governo anti-imperialista nigerino levou a essa situação.
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"Também pedimos a libertação do legítimo presidente [...] e de sua família e membros de seu governo sequestrados", declarou. "Nossas portas estão abertas, mas não vamos travar um diálogo interminável", alertou.
A junta militar comandada por Abdourahamane Tchiani afirmou que, em caso de invasão da CEDEAO, o presidente deposto do Niger, Mohammed Bazoum, será assassinado.
A CEDEAO deve contar com apoio francês para comandar a operação. Argélia, Mali, Burkina Faso e Guiné afirmam que vão apoiar o Niger. O novo regime também deve contar com apoio do grupo Wagner e da Rússia em alguma escala.
O Niger tem o terceiro pior IDH do planeta e vive uma instabilidade política e econômica grave desde sua independência, proclamada em 1960.