Em relatório divulgado nesta segunda-feira (29), o Tesouro Nacional revelou que o déficit primário de março caiu 80% em comparação com 2023, resultado do saneamento das contas públicas feito por Fernando Haddad, no ministério da Fazenda, e por Simone Tebet, no ministério do Planejamento.
O resultado foi negativo de R$ 1,527 bilhão, uma queda de 79,3% se comparada aos R$ 7,083 bilhões de déficit registrado no ano de 2023, contabilizando a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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“Comparado a março de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 8,3% (R$ 12,6 bilhões) da receita líquida [após transferências a estados e municípios] e aumento real de 4,3% (R$ 6,8 bilhões) das despesas totais”, informou o Tesouro Nacional, em seu relatório divulgado nesta segunda-feira (29).
A queda do déficit acompanha a trajetória de aumento da arrecadação motivada pela taxação de offshores e dos juros sobre capital próprio, além do crescimento da massa salarial e redução da sonegação, o que fortaleceu a arrecadação recorde para março registrada neste ano.
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Até agora, o governo registra um superávit de R$ 19 bilhões e batalha judicialmente para, por exemplo, não ter que custear a desoneração da folha, que pode auxiliar ainda mais o governo para a continuidade de 2024.
O ministro da Fazenda definiu o déficit zero como meta no orçamento fiscal deste ano, e tem uma banda de 0.25 pontos para baixo ou para cima na possível meta.
O resultado de março supera a expectativa da equipe econômica para o mês. "O resultado do mês foi superior à mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava um déficit primário de R$ 5,1 bilhões", afirma o documento do Tesouro Nacional.