Uma nova história de crime e ilegalidades passa a rondar a figura do coach Pablo Marçal (PRTB), o forasteiro goiano que nunca morou em São Paulo, mas quer governar a maior cidade do país. Desta vez, a investigação é contra o chefe de segurança do candidato, o tenente-coronel da PM de Goiás Edson Raiado, que pediu licença da corporação para “proteger” Marçal na campanha.
O caso diz respeito a um homem assassinado num sítio, em Goiânia, em fevereiro de 2023, que seria traficante e estaria jurado de morte pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior organização criminosa do Brasil e que opera em pelo menos 24 países. Felipe Ramos Morais foi morto com vários disparos efetuados por agentes de uma unidade de elite da PM goiana, sob comando de Raiado, que também estava na ação. Eles alegaram que a vítima reagiu a tiros no momento da operação.
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O problema é que todos os laudos periciais em posse do Ministério Público de Goiás apontam para uma execução, uma vez que não há qualquer elemento que mostre uma reação por parte de Morais. Laudos anteriores já tinham revelado que a cena onde ocorreu o homicídio tinha sido forjada pelos PMs. Há ainda várias contradições e mentiras nas versões apresentadas pelos agentes de segurança envolvidos na ação.
Agora, a juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães, da 1ª Vara das Garantias de Goiânia, determinou que os novos exames que mostraram irregularidades em relação à história contada pelos PMs sejam remetidos novamente à Justiça, uma vez que o fato consistiria numa nova prova.