A eleição de São Paulo foi sequestrada pelo fenômeno Pablo Marçal, o coach criminoso que roubava dinheiro de aposentados em golpes de internet.
A pesquisa Real Time Big Data publicada hoje pelo R7 mostra o candidato do PRTB com 21% e Boulos e Ricardo Nunes com 20%.
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Os três estão empatados na margem de erro, mas a evolução de Marçal não pode ser desprezada. Sem partido e na base do grito e dos ataques rasteiros ele conseguiu superar numericamente o candidato de Lula e o de Bolsonaro.
São reais e concretas suas chances de ir ao segundo turno. E se isso acontecer, Nunes deve ficar pelo caminho.
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Em São Paulo, candidaturas de esquerda costumam pontuar próximas de 30%. Boulos ainda vai crescer.
Na eleição de 2020, mesmo num quadro absolutamente desfavorável para o campo progressista, Boulos fez 20% e Jilmar Tatto 10% no turno inicial.
A questão é ganhar no 2º turno.
Aí o bicho pega pra esquerda não só em São Paulo, como em outras tantas capitais.
Mas se o adversário de Boulos for Marçal, as chances de Boulos sair vitorioso aumentam muito.
A pesquisa Real Time Big Data mostra Boulos com 40% e Marçal com 37%. Isso num momento em que a bola da vez é o coach e sem que os outros candidatos tenham emprestado seu apoio e prestigio a Boulos. E isso vai acontecer. Datena e Tabata o farão quase com certeza e parte do grupo que apoia Nunes deve fazer o mesmo.
A tendência de Nunes é ficar neutro, porque ele não teria como apoiar Marçal depois de todos os ataques que sofreu.
Ou seja, se Boulos souber derrubar sua rejeição nesses 30 dias que temos até o primeiro turno, pode estar ainda em melhores condições de derrotar Marçal no turno final.
Eleição não é corrida de 100 metros, principalmente em cidades com 2º turno. É jogo de paciência. O primeiro turno para Boulos é também para diminuir resistências ao seu nome no turno final.
E aí, tratar o tigrão do Marçal como tchutchuca. Exatamente na hora da onça beber água.