De saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ministro Flávio Dino divulgou neste domingo (28) dados oficiais sobre a violência no Brasil e, segundo o levantamento, nos tornamos um país menos violento em 2023 com o fim do Governo Bolsonaro.
O total de mortes violentas intencionais saiu de 48,6 mil em 2022 para 46,4 mil em 2023. Ainda que os números absolutos estejam altos, foi registrada uma queda de 4%. Ainda há um longo trabalho pelo caminho, mas aparentemente as coisas estão um pouco melhores do que no passado recente.
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Também as polícias mataram menos em 2023 em comparação com o último ano em que a extrema direita comandou o país. De 6.445 execuções em 2022, o número caiu para 9.296 em 2023, registrando uma baixa de 2%.
Entre os chamados “homicídios intencionais” estão incluídos crimes registrados homicídios dolosos, feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio. A definição está no site do Conselho Nacional do Ministério Público.
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De acordo com os dados divulgados por Dino, os chamados crimes violentos intencionais diminuíram em 22 estados. O ainda ministro da Justiça, e futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), está confiante que a redução desses índices deve se manter no próximo período.
"Com base nos dados enviados pelos Estados ao Ministério da Justiça até este domingo, chegamos aos números sobre crimes violentos letais intencionais no Brasil, comparando 2022 com 2023. Em 22 estados houve reduções. Cumprimento todos os profissionais da Segurança, com a certeza de que em 2024 seguirá a trajetória de reduções, o que é fundamental para o país. Demais números serão divulgados ao longo desta semana", declarou Dino em suas redes sociais.
Dino ainda aproveitou para fazer um balanço da sua gestão à frente do Ministério da Justiça e elencou medidas que, na sua opinião, contribuíram com a tímida melhora nos índices.
"Nesses 13 meses no Ministério da Justiça, trabalhamos para consolidar o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp). Ainda há muito a fazer para que os números informados pelos Estados e demais órgãos tenham cada vez mais precisão e qualidade. É um processo essencial que nasceu da Lei 13.675. Números cada vez mais confiáveis irão gerar ações mais eficientes. Friso, especialmente, o desafio de padronização de conceitos e critérios em nível federativo. Vivi isso em 2004 e 2005 no Poder Judiciário e afirmo que a criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi um passo imprescindível para termos estatísticas judiciais com mais qualidade. Também por isso, reitero a defesa da introdução, na Constituição Federal, do Conselho Nacional das Polícias, para atuar como órgão de cúpula do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP)", escreveu o ministro.