Luana Piovani revelou que, quando tinha 20 anos de idade, sofreu assédio sexual nos bastidores da Rede Globo. Segundo a atriz, ela foi cortada do elenco do remake da novela Anjo Mau, em 1997, porque não aceitou sentar no colo do diretor Carlos Manga, que morreu em 2015. A justificativa para o corte é que ela “não agregaria à produção”.
“Vivi um abuso aos 20 anos, mas na época era normal e só me dei conta mais tarde. Eu e algumas pessoas, entre elas Luiza Brunet, que seria minha mãe no folhetim, estávamos na sala do diretor Carlos Manga (1928-2015). De longe, ele bateu na perna e disse: ‘Senta aqui’. Eu pensei: tiozinho ousado. Sentei no braço da poltrona”, disse a atriz, em entrevista à revista Veja.
Luana, que mora em Portugal, também abordou seu relacionamento tumultuado com Dado Dolabella, com quem namorava nessa época. Ela chegou a ser agredida pelo ator e disse que ele nunca foi devidamente punido por isso.
“Inclusive, porque não me agrediu apenas, mas também a camareira da minha peça. Ele a jogou longe, e ela trincou os dois antebraços. Nunca pagou a indenização. Na época, vivi a primeira crise de ansiedade. Não pela agressão, mas pela ressaca daquilo. Brasileiro é cruel, mas fantasiado de engraçadinho”, afirmou.
A atriz relatou, ainda, que não temia qualquer represália por ter se desentendido com J. B. de Oliveira, o Boninho, durante o Big Brother Brasil 2022 (BBB 22).
Boninho “é um fazedor de dinheiro, responsável pelo maior faturamento da casa”
“Poder tenho eu, que não preciso nem dele nem da Globo. Já precisei, não mais. Quanto à postura do Boninho, só falo do que sei. Ele é um fazedor de dinheiro, responsável pelo maior faturamento da casa. Suponho que seja tratado como rei na Globo. Quanto à qualidade, não conheço seu trabalho. Nunca assistir a um BBB, só vi trechos. Talvez aquilo seja bom para o diretor: ficar só botando armadilhas para as pessoas caírem. Deve se divertir com isso”, acrescentou.
Na oportunidade, ela se recusou a liberar a imagem dos filhos com Pedro Scooby, um dos participantes do reality, para ser usada no programa.
“A minha reivindicação era justa. Sempre tomei o cuidado de minimizar o exagero no uso da minha imagem. Imagina se não teria com meus filhos. Tentei um acordo, ceder para tal prova, mas queriam para a edição toda. E esse é BBB é tipo Jason, não acaba. Parece Sexta-Feira 13, versão 49”, acrescentou Luana.