Seleção: Roger, Filipe Luiz e Ceni deveriam estar à frente de Renato Gaúcho

O truque é velho. Quando um treinador é demitido, começam as especulações. Uma olhada rápida em quem está desempregado e faz-se uma lista de quatro ou cinco nomes. Quando um deles é contratado, o especulador diz que acertou. 

Dorival Jr, recém demitido da seleção já é nome cotado no Fluminense. E no São Paulo pós Zubeldia. E quando cair mais alguém lá estará o nome de Manobra Menezes.

Quando se fala em seleção, é um pouco diferente. O sucessor não precisa estar desempregado. Basta se acertar com seu clube e mudar de empregador.

Agora, Ednaldo quer um treinador estrangeiro. Não tem pressa. As Eliminatórias voltam em junho e o Brasil vai se classificar mesmo com algum interino. A preferência é por Ancelotti, mas Jorge Jesus já deixou claro que está tão livre como um taxista.

O interessante è que amém dos estrangeiros, fala-se em Filipe Luiz, que começa a carreira e em Renato Gaúcho, que foi muito mal no Grêmio no ano passado.

Filipe seria muito melhor, claro. Seria um bom treinador, usando a boca apenas para instruções e não para entrevistas constrangedoras. Já venceu o Carioca, a Copa do Brasil e a Supercopa do Brasil.

E por que não o Roger, recém campeão com o Inter. Ele, que foi revelado pelo Grêmio, rompeu as amarras e abraçou o profissionalismo. Foi campeão mineiro, baiano e duas vezes gaúcho, uma em cada metade em que o Rio Grande é dividido.

Rogério Ceni, atualmente no Bahia, ganhou o campeonato baiano no início do ano. Antes, pelo Fortaleza, havia vencido o cearense, a Copa do Nordeste e a Série B. E foi campeão da Série A com o Flamengo, amém de ganhar a Supercopa do Brasil e o Carioca.

Filipe é o homem do momento. Roger e Ceni estão alcançando a maturidade. Três escolhas melhores que Renato Gaúcho.