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Cássio não é Fábio e nem Rivellino e Corinthians não é vilão

Ídolo corintiano é quem, aborrecido com a reserva, deseja novos caminhos na carreira

Cássio está de saída do Corinthians.Créditos: Reprodução Wikipedia
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Há sempre uma comoção emocional quando os caminhos de um clube e um ídolo se separam após anos de feliz convívio. Sempre há torcedores ou o próprio jogador achando que a relação deveria continuar. Até quando, não se sabe.

Há uma tendência de considerar falta de humanidade dos dirigentes o abrir mão de um velho amor para que um novo ciclo se inicie.

Está sendo assim com Cássio e o Corinthians. O clube malvadão não respeita o ídolo ultrajado. E há comparações com Fábio e Rivellino. 

Não há similaridade. Ao contrário.

Fábio gostaria de ficar, ao menos para completar mil jogos com a camisa do Cruzeiro, faltavam apenas 26. E Ronaldo disse que não. Demitiu e trouxe Rafael Cabral.

Rivellino não queria sair em 1975, mas era necessário achar um bode expiatório pela perda do título paulista para o Palmeiras no ano anterior e o craque foi para o Fluminense.

Cássio, não. O Corinthians não quer que ele saia. O Corinthians faz força para ele ficar. Cássio é que deseja sair e tocar sua carreira no Cruzeiro, com três anos de contrato e a certeza de ser titular. Por enquanto, claro.

Ele poderia ficar até o final do ano. Não quer. Quer sair já, mesmo com o Corinthians propondo os mesmos três anos de contrato.

O Corinthians tem medo que ele brilhe no Cruzeiro e que Carlos Miguel não vá tão bem. Ou que vá .melhor que a encomenda e chegue à Europa.

O Corinthians quer Cássio.

Cássio não quer o Corinthians.

Ah, então Cássio é o vilão? 

Nada disso. Ele apenas está fazendo o que acha melhor para sua carreira. Como tantos outros. Errados, somos nós, que colocamos paixão onde há apenas vínculo empregatício.

 

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