Dinizismo vive um ano terrível, com fracasso duplo
Fluminense sofreu e Cruzeiro ainda está sofrendo com falta de resultados sob direção de Diniz
O ano passado terminou mal para Fernando Diniz, dispensado da seleção brasileira. Três derrotas seguidas, todas com gols de cabeça foram suficientes para que Ednaldo Rodrigues optasse por sua saída.
Péssimo para Diniz, mas restava o Fluminense, clube pelo qual havia vencido o Carioca e a Libertadores. Havia entrado para a história.
Pois em 2024, não houve vínculo histórico ou afetivo que superasse os mais resultados. Foi demitido na 11° rodada, com o clube na lanterna do Brasileirão. Tinha uma vitória, três empates e sete derrotas.
Três meses depois, em 23 de setembro, Diniz chegou ao Cruzeiro. Assumiu na rodada 28. E até agora, na 37°, venceu apenas um jogo. Empatou quatro e perdeu cinco.
Juntando as passagens por Fluminense e Cruzeiro, teve duas vitórias, sete empates e 12 derrotas. Treze pontos em 63 possíveis.
Um forte baque para o Dinizismo. Uma pena, porque sua ideia de futebol, com jogadores agrupados perto da bola é um bom contraponto à mesmice que se tem visto, com a maioria dos clubes jogado com pontas fixos, linhas espaçadas e ligações diretas.
Em tese é bom, mas não dá certo. O período de dois anos no Fluminense, vencendo Carioca. Recopa e Libertadores foi um oásis no deserto de bons resultados do Dinizismo.
Tudo vai bem, mas logo se desmancha no ar.
O ano vai terminar e é provável que Diniz seja demitido do Cruzeiro também. Seus admiradores mais fanáticos dirão que foi uma afronta ao futebol mundial. Que ele é um gênio. Basta lembrar que o Fluminense colocou o Manchester City na roda por quase dois minutos. Não interessa que tenha perdido por 4 x 0. O Dinizismo é arte e arte não se mede por resultados.
Enquanto isso, a Internet não perdoa. Diniz só não rebaixou o Fluminense porque saiu cedo e só não rebaixou o Cruzeiro porque saiu tarde.