DE SAÍDA

Rafinha e Daniel Alves....a diferença está no caráter

De saída do São Paulo, o esforçado Rafinha deixa um legado maior, muito maior, que seu midiático antecessor

Rafinha levanta a taça da Copa do Brasil.Créditos: Reprodução Twitter São Paulo
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Daniel Alves chegou ao São Paulo em 2019. Cheio de pompa, vindo do PSG, com direito a apresentação no Morumbi. Gritou que era são-paulino desde criancinha.

Saiu em 2021 em meio a uma grande crise com a diretoria. Forçou a barra para disputar a Olimpíada e, na volta, entrou em acordo para deixar o clube. Saiu com direito a receber ainda 60 prestações de R$ 400 mil, fruto de uma dívida do clube com ele. Fruto de uma gestão irresponsável que acreditou no conto de que a venda de camisa do jogador seria o suficiente para pagar seus custos.

Rafinha chegou também em 2021, três meses após a saída de Daniel. Chegou sem glamour. Não era o Rafinha do Flamengo de 2019. Era o Rafinha do Grêmio rebaixado. Chegou sem falar que era são-paulino, mesmo sendo. Sem demagogia.

Ele nunca disse que quem gosta de vinho caro precisa ter dinheiro para pagar. Nunca disse que sua missão era fazer o São Paulo voltar a ser respeitado internacionalmente, como um favor. Nunca disse que precisava jogar em tal posição porque ali faria o time brilhar.

Não, não disse, mas como capitão, levantou duas taças. Sempre se esforçou, como lateral ou como zagueiro na linha de três, apesar da falta de altura. No banco de reservas, era um incentivador de quem estava jogando.

No futebol extremamente profissional de hoje, o são-paulino Daniel Alves foi isso, profissional. E o profissional Rafinha foi mais: foi são-paulino.

Rafinha, depois de um ano no Coritiba, vai começar a carreira como treinador. Daniel Alves, depois de uma ano preso por estupro, vai começar carreira de cantor gospel.

 

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