ADEUS

Maguila merece ser lembrado como um grande campeão brasileiro

Boxeador, que estava em uma casa de repouso desde 2017, sofria de demência pugilística

José Adilson Rodrigues, o Maguila, morreu aos 66 anos.Créditos: Reprodução
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Há 13 anos, entrevistei Eder Jofre para a Revista ESPN. Ele me disse, em tom de mágoa: "Se eu fosse argentino, teria uma estátua minha em cada esquina de Buenos Aires".

Era apenas um exemplo. Não há estátuas para Carlos Monzón, Nicolino Loche, Chino Maidana ou outros campeões, mas o respeito é enorme. Guillermo Vilas é mais cultuado que Guga.

Maguila, que morreu hoje, se fosse argentino, seria tratado como alguém que conseguiu enfrentar George Foreman e Evander Holyfield e não como alguém que apanhou feio deles. 

Com um cartel de 77 vitórias em 85 lutas, Maguila foi um lutador de muitos méritos. Batia forte, mas tinha "queixo de vidro", não assimilava muito. Deve ser tratado como o terceiro maior brasileiro de todos os tempos, atrás de Eder e de Popó.

Foi um brasileiro sofrido que se superou e trouxe alegria para muitos compatriotas.

Um campeão.

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