Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, voltou a criticar o Corinthians com palavras duras. Golpista é a pior delas. E qual seria o golpe?
Simples.
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O Corinthians contratou Raniele e não está pagando. Fica com o jogador e com o dinheiro. O Cuiabá fica sem o jogador e sem a grana, que lhe daria a possibilidade de conseguir um substituto. Como os dois estão lutando contra o rebaixamento, o "golpe" financeiro passa a ter desdobramento esportivo, podendo definir quem vai cair ou não.
A reação de torcedores corintianos é ridícula. Por que a imprensa não fala que o Atlético está atrasando o pagamento do Deyverson ao Cuiabá. Por que não se fala que o Cuiabá está devendo ao Corinthians pela contratação do goleiro Valter?
Não há uma sugestão do tipo: o Corinthians paga o Raniele e desconta a dívida do Valter. Nada disso. Há apenas uma reação corporativista, uma união de gente boa e que se sente envergonhada pela situação atual. Mas é uma vergonha nossa, ninguém pode falar nada.
É o mesmo comportamento em relação ao pagamento de Hugo Sousa ao Flamengo.
O acordo - muito ruim para o Flamengo - prevê a contratação do bom goleiro por 800 mil euros - em torno de 4 milhões de reais - em quatro prestações. Um achado, uma pechincha.
O Corinthians quer pagar, mas o Flamengo não aceita a empresa Brax como garantidora. O motivo? Não honrou compromisso na compra de Matheusinho.
Os corintianos dizem que o Flamengo quer de vingar porque erraram na avaliação de Hugo. Pode ser. Mas está respaldado na dívida de Matheusinho.
E quem não paga, perde a razão.
Ou o Corinthians paga à vista. Ou arruma um fiador aceitável para o Flamengo. Ou vai precisar pagar 500 mil reais de multa para poder escalar o jogador na decisão da Copa do Brasil.
O Corinthians precisa conviver com as decisões que tomou. Mesmo devendo milhões a dezenas, resolveu investir no elenco para disputar títulos. Está na briga por dois. Eu acho correto. Um clube grande não pode abrir mão de sua grandeza.ss, só optar por esse caminho sem tentar um acordo para dívidas, precisa ouvir calado o grito de "caloteiro". Devo, não nego, pago quando puder. É o que tem feito o presidente Augusto Melo. Quem busca argumentos contra o vexame é a torcida.