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Céline Dion, cantora canadense de 56 anos, está lidando com uma condição médica, diagnosticada em 2022, conhecida como Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença neurológica rara. A evolução do quadro, que tem como principais sintomas os espasmos e a rigidez muscular, tem sido compartilhada pela cantora com os seus fãs desde então.
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No documentário recém-lançado "Eu Sou: Céline Dion", disponível no Prime Video, uma cena específica mostra Céline Dion sofrendo espasmos que se transformaram em uma convulsão de aproximadamente 50 minutos, dos quais cinco foram incluídos no filme. A diretora do filme, Irene Taylor, disse que Dion insistiu para que a gravação não fosse removida da versão final do documentário. "Estatisticamente, a probabilidade de isso acontecer enquanto minha câmera filmava é extraordinariamente rara. Ninguém esperava que isso acontecesse", diz.
Em “Eu Sou: Céline Dion”, a artista expõe dificuldades e a convivência com a doença. "Sempre que isso acontece, eu fico constrangida. Não sei nem descrever.”
“Ainda me vejo dançando e cantando. Se eu não posso correr, eu ando. Se eu não posso andar, eu engatinho. Só não posso parar”
A cena que é chocante, também evidencia a vontade da artista em compartilhar sua situação com o público. Enquanto permanecia imobilizada e em contato com o profissional médico que a assistia, Céline indicou que a equipe do documentário deveria continuar registrando o atendimento. Assista:
O documentário não só inclui depoimentos recentes, a maioria gravada na mansão da cantora em Las Vegas, mas também apresenta imagens de arquivo da artista. Em uma entrevista durante a adolescência, Céline fala que seu sonho “é se tornar uma estrela internacional e poder cantar até o fim.”
O que é a Síndrome da Pessoa Rígida (SPR)
A síndrome de stiff-person ou síndrome da pessoa-rígida (SPR) é uma rara doença neurológica caracterizada por uma intensa rigidez dos membros, com espasmos inesperados, devido a uma atividade contínua das unidades motoras que são progressivas e podem ser fatais.
Segundo estudos, a doença atinge um em cada 1 milhão de pessoas e prevalece nas mulheres, que têm o dobro de chances de desenvolverem a síndrome, principalmente entre os 35 e 50 anos. A moléstia, que também é conhecida como síndrome de Moersch-Woltmann, tem como principal sintomas espasmos musculares contínuos e a rigidez acentuada nos músculos que pode causar ruptura das fibras musculares, luxações e fraturas ósseas.
O tratamento da pessoa rígida deve ser feito com o uso de remédios como baclofeno, vecuronium, imunoglobulina, gabapentina e diazepam indicados pelo neurologista. Por vezes, pode ser necessária a internação na UTI para que garantir o bom funcionamento dos pulmões e coração durante a doença.
A transfusão de plasma e o uso de anticorpo monoclonal anti-CD20 (rituximab) também podem ser indicados e tem bons resultados. A maior parte das pessoas diagnosticadas com essa doença fica curada ao receber o tratamento. Leia mais nesta matéria da Fórum.