Em Santos

Garoto com autismo lambe o chão após sofrer bullying de colegas

Segundo a mãe, além de não ter apoio profissional em classe, menino é maltratado diariamente

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Jornalista, editor de Cultura da Fórum, cantor, compositor e violeiro com vários discos gravados, torcedor do Peixe, autor de peças e trilhas de teatro, ateu e devoto de São Gonçalo - o santo violeiro.
Garoto com autismo lambe o chão após sofrer bullying de colegas
Aluno com TEA. Arquivo Pessoal

Um garoto de 11 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sofre bullying diariamente de colegas de uma escola estadual em Santos, litoral de São Paulo, segundo boletim de ocorrência (BO) registrado por sua mãe.

Bianca Ferreira Martins, de 35 anos, contou, entre outras coisas, que dois alunos do 1º ano do Ensino Médio disseram que dariam ao seu filho R$ 20 se ele lambesse o chão da escola.

O menino aceitou e lambeu, enquanto os dois garotos riam dele. A coordenadora da escola viu a cena, interrompeu e advertiu os estudantes.

Ainda segundo a mãe, seu filho não conta com professor de apoio, mesmo tendo os laudos que apontam esse e outros problemas psiquiátricos. Ela revelou também que o menino é maltratado e ofendido diariamente pelos colegas.

Bianca se queixou por não ter sido avisada pela escola do bullying sofrido por seu filho. Ela ficou sabendo por intermédio da filha que estuda na mesma unidade e viu o irmão lavando a boca e contou à mãe.

Ela contou ainda que foi orientada pela diretora a não mandar mais o garoto para a escola até conseguir consulta no Ambulatório Médico de Especialidades (Ambesp) para pegar o medicamento que ele usa. A consulta, no entanto, está marcada apenas para maio.

O caso foi registrado como ato infracional na Delegacia da Infância e da Juventude de Santos.

O que diz a secretaria de Educação

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) lamentou em nota o ocorrido e disse repudiar todo e qualquer caso de violência, dentro ou fora das escolas.

"Os responsáveis pelos estudantes envolvidos foram acionados para uma reunião, assim como o Conselho Tutelar. O caso foi inserido na plataforma do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP)", disse ainda.

Segundo a Seduc-SP, o aluno é atendido por um professor especializado do Projeto Ensino Colaborativo. A secretaria disse também que um profissional do programa Psicólogos nas Escolas está à disposição do aluno agredido para acolhimento e suporte, caso o responsável autorize.

Com informações de A Tribuna, de Santos

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